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Os sindicatos que representam trabalhadores das Águas de Portugal (AdP) pretendem entregar na terça-feira uma carta aberta à administração onde responsabilizam o grupo pela greve de 24 horas que está marcada para quinta-feira.
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Na carta, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e a federação intersindical Fiequimetal “responsabilizam o Conselho de Administração do Grupo Águas de Portugal pela greve de 24 horas que os trabalhadores decidiram realizar nesta quinta-feira (dia 30), em defesa da sua dignidade e valorização profissional”.
Segundo afirmam as estruturas sindicais, a greve foi convocada “na sequência do recuo da comissão negociadora da empresa que, de forma inaceitável e reveladora de má-fé negocial, retirou a proposta que estava a ser negociada”.
O STAL e a Fiequimetal “exigem que o Conselho de Administração da AdP aplique de imediato, por ato de gestão e com efeitos retroativos a 01 janeiro deste ano” a proposta que entretanto foi retirada “e que se prossiga o processo negocial”.
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“Está nas mãos do Conselho de Administração a resolução dos problemas dos trabalhadores, pelo que a greve prevista para esta quinta-feira (dia 30) é da sua única e inteira responsabilidade”, acusam as estruturas.
Para as duas estruturas sindicais, o aumento geral dos salários não é um “favor” ou “caridade da empresa”, mas sim “é devido aos trabalhadores pelo esforço, dedicação e produtividade, sem os quais os mais de 415 milhões de euros de lucros não seriam possíveis”.
A greve foi anunciada na terça-feira, em comunicado, pelo STAL e pela Fiequimetal.
Num comunicado então divulgado, os sindicatos indicaram que a greve tem como objetivo “lutar pelo aumento dos salários em 90 euros; o aumento extraordinário do salário, fixando-se nos 804 euros a partir de julho; e um salário mínimo de 850 euros em 2023 no Grupo AdP”.
Visa igualmente reivindicar o direito de contratação coletiva, um novo regime de carreiras, categorias profissionais e funções, “que valorize e reconheça a experiência profissional e o empenho dos trabalhadores”, a “urgente” regulamentação e atribuição de um suplemento de penosidade, insalubridade e risco”.
Entre os objetivos da greve está também a luta pela “estabilidade do emprego, pondo fim ao trabalho precário no grupo”, bem como a aplicação do Acordo de Empresa da EPAL a todos os trabalhadores ao serviço desta empresa e um período de trabalho de sete horas diárias e 35 horas semanais no Grupo AdP.
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