//Sindicatos da UGT reúnem-se sexta-feira com governo sobre despedimentos na banca

Sindicatos da UGT reúnem-se sexta-feira com governo sobre despedimentos na banca

A reunião está agendada para as 15:00, na sede do Ministério do Trabalho, em Lisboa, com a presença dos ministros da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e do secretário-geral da UGT, Carlos Silva, entre outros representantes sindicais.

A reunião, segundo a UGT, surge no âmbito dos processos de despedimento coletivo nos bancos Santander Totta e Millennium BCP, com os quais “foram confrontados os sindicatos dos bancários da UGT, após longos processos negociais, na tentativa de consensualizar soluções que garantam aos trabalhadores as melhores condições para o seu futuro”.

O objetivo do encontro, precisa a UGT no comunicado, é o de o Governo adotar medidas de defesa dos trabalhadores e evitar que as empresas possam recorrer ao despedimento coletivo “para atingirem objetivos económicos dos acionistas, aproveitando o momento de pandemia, onde seria exigível uma responsabilidade social que proteja os mais frágeis e vulneráveis” na relação de trabalho.

“Esta é uma das ações que a UGT e os seus sindicatos irão despoletar, inclusive a nível internacional, de chamar a atenção para atitudes e comportamentos antissociais de violação da dignidade dos trabalhadores”, anuncia a central sindical, defendendo que o Governo devia ser o primeiro a rejeitar aqueles despedimentos pelas grandes empresas, que o sindicato considera terem o dever de liderar a responsabilidade social.

“Nestes casos, apenas surgem na cauda dos mais irresponsáveis e injustos socialmente”, considera o sindicato.

O Santander não chegou a acordo para a saída de 350 trabalhadores, de um total de 685 inicialmente previstos, e vai agora avançar com um “processo unilateral e formal” a partir de setembro, segundo uma nota interna da Comissão Executiva do banco, enviada em 20 de agosto, a que a Lusa teve acesso.