O concurso público internacional para a concessão do novo terminal Vasco da Gama, em Sines, vai ser lançado na próxima terça-feira, com um prazo de nove meses para a apresentação de propostas e a previsão de que as obras possam arrancar no início de 2021.
Entre os interessados, poderão estar empresas portuárias chinesas e até americanas, segundo as indicações que o Ministério do Mar tem vindo a dar até aqui. A chinesa Cosco tem sido por várias vezes abordada.
Em comunicado, este sábado, por ocasião da assinatura do contrato para ampliação do existente Terminal XXI cuja concessão da singapurense PSA foi estendida até 2049, o ministério liderado por Ana Paula Vitorino dá conta de que pretende concluir a adjudicação do novo terminal no último trimestre de 2020. As obras terão a duração aproximada de três anos.
O caderno de encargos para o futuro vencedor do concurso irá prever um investimento faseado de 642 milhões de euros com a duração da concessão a ficar em 50 anos. O financiamento será 100% privado e aumentará a capacidade portuária de Sines em três milhões de TEU (unidade de medida de contentores). O espaço da concessão vai manter-se no domínio público e ser revertido no final da concessão.
Já a ampliação do Terminal XXI prevê um investimento de 547 milhões de euros. Com o alargamento da estrutura gerida pela PSA Sines e com o novo terminal, a capacidade do porto alentejano poderá aumentar para 7,8 milhões de TEU.
Além do investimento privado, o Ministério do Mar indica que haverá investimento público na modernização e digitalização do Porto de Sines. Ao longo dos próximos cinco anos será de cerca de 300 milhões de euros.
O governo diz espera que o futuro Terminal Vasco da Gama “gere um impacto económico total de 524 milhões de euros, representando 0,28% do PIB e 0,33% do valor acrescentado bruto português”, criando “1350 postos de trabalho diretos na fase de exploração”.
Deixe um comentário