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“Estou profundamente honrado por receber esta prestigiada distinção.” Foi com estas palavras que o banqueiro português recebeu ontem, das mãos da Princesa Ana de Inglaterra, o título de Sir que faz dele cavaleiro.
A Princesa Ana substituiu a Rainha Isabel II na cerimónia de investidura, no Castelo de Windsor, onde António Horta Osório foi nomeado Knigth Bachelor.
“Passei mais de metade da minha vida profissional no Reino Unido e foi um enorme privilégio poder liderar o Lloyds durante uma década”, disse o banqueiro português, destacando que, “ainda que esta seja uma distinção pessoal, gostava que fosse encarada como reconhecimento do esforço dos muitos milhares de colegas do Lloyds que foram incansáveis nas suas funções”, alargando ainda o reconhecimento aos contribuintes britânicos pelo sacrifício feito quando foi necessário recuperar o banco.
Leia aqui a história de sucesso de Horta Osório
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O título de cavaleiro é entregue por serviços extraordinários prestados ao Reino Unido. No caso do agora Sir António Horta Osório esta distinção é merecida não apenas pelo trabalho que levou a cabo “no setor financeiro” como presidente do grupo como pela ação de “voluntariado nas aéreas da saúde mental e da cultura”.
Depois de sofrer um esgotamento nervoso que o obrigou a pedir dois meses de baixa médica, durante o período de reestruturação em que levantou o Lloyds do chão, António Horta Osório não só fez questão de partilhar a sua história – para normalizar a forma como se encara a doença mental, nomeadamente provocada por excesso de trabalho – como desenvolveu uma série de iniciativas para divulgar, ajudar e melhorar esta área nas empresas.
Apologista de que “as pessoas não se devem perpetuar nos cargos, para benefício das instituições e dos próprios”, Horta Osório decidiu pôr fim a uma década ao leme do banco inglês no último verão. Com o banqueiro português à frente, o Lloyd”s devolveu na totalidade os 21 mil milhões de libras dos contribuintes britânicos e ainda 900 milhões de libras adicionais, quando o Estado saiu da estrutura acionista, em 2015, ao fim de sete anos.
Quando Horta Osório deixou o banco, em julho de 2021, o Lloyds somava lucros semestrais de perto de 4 mil milhões de libras.
Recentemente, o banqueiro de 57 anos afastou-se do Crédit Suisse, do qual fora nomeado presidente há nove meses, após quebrar medidas de prevenção contra a covid-19 na Suíça e Reino Unido. É desde 2011 administrador não executivo na Fundação Champalimaud.
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