//Siza admite “resposta” para empresários de micro empresas mas não lay-off

Siza admite “resposta” para empresários de micro empresas mas não lay-off

Pedro Siza Vieira, em entrevista à TSF, admitiu que há empresas que não vão conseguir aderir ao regime de lay-off simplificado, anunciado pelo Executivo, porque não têm capacidade financeira para cumprir os pagamentos que lhes corresponde.

“Essas empresas provavelmente vão ter muita dificuldade em continuar a sua atividade. Mas há muitas empresas que são sólidas, viáveis, que têm estado nos últimos anos a fazer crescer a economia (…) e que têm trabalhadores que querem preservar para aquando da retoma, no segundo semestre, estejam preparadas para ir novamente à luta. É nesses casos que temos de dar o máximo de apoios possíveis para mitigar o que possa ocorrer. Uma empresa que tinha dificuldades se calhar vai ter mais dificuldades em sobreviver”, assumiu o ministro da Economia.

Aos microfones da TSF, Pedro Siza Vieira explica que o objetivo do governo com o lay-off simplificado é criar “um mecanismo rápido de acesso e que tornasse claro que, para as empresas que é preferível manter os postos de trabalho do que despedir. Não apenas porque vão precisar destes trabalhadores para que no momento da retoma poderem responder às solicitações dos clientes mas também porque do ponto de vista financeiro isto é uma injeção de capital que o Estado está a fazer”.

Classificando de “mecanismo bastante poderoso” dado que as empresas que mantenham os postos de trabalho estão a receber um “apoio direto”, o governante deixou claro que esta medida “é para a situação dos trabalhadores, não é para os próprios empregadores. Os patrões não se põem em lay-off. Um administrador de uma sociedade não tem um contrato de trabalho, não é um trabalhador. Esta medida é destinada para que as empresas possam proteger os seus postos de trabalho”.

Admitiu, contudo, que “há situações que podem ser socialmente complexas” como o caso dos empresários de micro empresas. “Essa situação eventualmente precisa de uma resposta mas não pode ser esta”, ou seja, o lay-off.

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