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Os concelhos com mais contágios de covid-19 poderão sofrer novas restrições nas próximas cenas. O cenário foi admitido na noite se segunda-feira pelo ministro do Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira. Sobre a restauração, o ‘numero dois’ do governo lembrou que há 220 milhões de euros a fundo perdido só para estes estabelecimentos, embora reconheça que seja “impossível recuperar todas as perdas”.
“Não temos ideia de um novo confinamento geral. Mas há municípios em que o nível de novos contágios nos últimos 14 dias é muito elevado. Não excluímos a possibilidade de ter de fazer algumas restrições suplementares em municípios onde o nível de contágios esteja muito acima dos 240 casos por cada 100 mil habitantes”, referiu o ministro em entrevista à SIC Notícias.
Sem detalhar eventuais medidas para esses municípios, Siza Vieira admitiu: “temos de equacionar restrições que já são aplicadas noutros países“. Alemanha, França e Itália são países “onde a restauração está completamente fechada”. A entrevista também serviu para falar sobre este setor, que se tem manifestado por mais medidas para salvar empregos e empresas.
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Siza Vieira lembrou que há um total de 225 milhões de euros a fundo perdido só para estes estabelecimentos, 25 milhões dos quais com o suplemento que visa compensar perdas de faturação em 20% neste fim de semana e no próximo.
O remanescente, 200 milhões de euros, é o valor que o governo estima que possa ser concedido à restauração a fundo perdido no âmbito do programa Apoiar.pt, com uma dotação total de 750 milhões de euros.
O ministro lamenta, contudo, que seja “impossível compensar integralmente a perda de receita daqueles que são os setores de atividade que mais se dirigiam aos turistas estrangeiros que nos visitavam”.
Sobre os alertas de Mário Centeno relativamente aos apoios públicos contra a pandemia, Siza Vieira recordou que o Governador do Banco de Portugal “está a dar uma chamada de atenção para todos os decisores políticos”.
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