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Os sindicatos dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB) e Independente da Banca (SIB) consideraram esta segunda-feira “injustificável, injusta e inaceitável” a proposta do Montepio de atualização salarial de 2,5% este ano, instando a instituição a “rever a sua posição”.
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“A contraproposta de 2,5% do Montepio Geral, Montepio Crédito e Montepio Valor, recentemente enviada, é injustificável, injusta e inaceitável”, sustentam os sindicatos em comunicado, contrapondo que a proposta de atualização de 6,25% que apresentaram é “responsável, equilibrada e prudente, tendo por base a justa compensação pela crescente inflação e aumento do custo de vida registado em 2022, que se mantém em 2023”.
Sustentando que “os bancários do Montepio Geral, Montepio Crédito e Montepio Valor merecem a devida valorização e consideração”, SNQTB e SIB destacam que “o seu contributo foi e continua a ser essencial para um grupo de referência do setor bancário e da economia social” e que “as retribuições, pensões de reforma e sobrevivência não podem continuar a sofrer uma evidente erosão e desvalorização”.
Face ao início, em breve, das negociações diretas, os sindicatos instam, “desde já, o Montepio Geral, Montepio Crédito e Montepio Valor a rever a sua posição e apresentar uma proposta que seja ajustada à realidade”.
Na quinta-feira, também os sindicatos bancários Mais, Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) vieram criticar a proposta do Montepio de uma atualização salarial de 2,5%, considerando-a como “mais uma afronta” e “inaceitável” e acusando os bancos de uma prática concertada.
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“Não obstante a existência de várias convenções no setor, originadas pela diversidade de condições existentes em cada uma das IC [instituições de crédito], todas propuseram aos sindicatos 2,5% de aumento salariais, refletindo uma prática concertada, comportamento que se repudia veementemente”, referiram os sindicatos num comunicado conjunto.
Mais, SBC e SBN consideram que a resposta do banco é “uma afronta aos seus trabalhadores”, por apresentar “um valor percentual de aumento nas tabelas e cláusulas de expressão pecuniária de 2,5%, indigno face à inflação de 2022 e à prevista para este ano”.
Os três sindicatos censuraram, também, as declarações do Montepio, que afirmou que “o banco apresenta os rácios mais baixos do universo no que respeita às principais métricas de produtividade, medidos pelo volume de negócio e produto bancário core por colaborador, e o segundo pior rácio de eficiência medido pelo ‘cost-to-core income'”.
Mais, SBC e SBN lamentaram ainda que as razões apresentadas pelo Montepio não difiram das recebidas anteriormente de outras instituições de crédito.
“Umas porque implicam um aumento de encargos, outras porque são matéria do âmbito de gestão de cada IC, outras ainda por a atual redação ser suficiente. O banco rejeita até propostas de âmbito social, como a dispensa no âmbito do processo de adoção e acolhimento familiar”, reiteraram os sindicatos.
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