A Sporting SAD anunciou esta sexta-feira o lançamento de uma emissão de obrigações no valor de até 30 milhões de euros para os investidores do retalho. Esta operação servirá para financiar o reembolso de uma outra emissão de dívida que vence em 26 de novembro. A empresa vai pagar uma taxa de juro anual de 5,25%, de acordo com o prospeto publicado esta sexta-feira junto da CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A SAD do Sporting garante que tem fundos suficientes para o reembolso caso a oferta não seja subscrita na totalidade.
O período de subscrição das obrigações começa na segunda-feira, 12 de novembro, e termina às 15 horas de 22 de novembro. Os resultados serão divulgados no dia seguinte.
O montante inicial da oferta poderá ser duplicado, para 60 milhões de euros, até 16 de novembro, caso o conselho de administração da Sporting SAD assim o decida. Este é o montante máximo em obrigações que a empresa pode emitir até final do ano.
Esta oferta de obrigações deveria ter ocorrido em maio mas foi travada pela CMVM em junho por causa da instabilidade vivida no clube no final da época passada. A operação iria servir para reembolsar, este ano, o empréstimo de obrigações de 30 milhões de euros contraído em 2015.
Só que a devolução foi adiada em assembleia geral de obrigacionistas da Sporting SAD, em maio, evitando que a sociedade entrasse numa situação de incumprimento. Foram mais de quatro mil credores afetados pelo atraso. Os títulos, que venciam em 25 de maio, passaram a vencer em 26 de novembro.
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O adiamento ocorreu quando o clube passava por uma crise interna que levou ao afastamento do então presidente, Bruno de Carvalho. Em setembro, Frederico Varandas foi eleito presidente do clube leonino.
A SAD do Sporting refere no prospeto que a emissão de obrigações não será realizada “caso o valor nominal agregado das obrigações subscritas” não ultrapasse os 15 milhões de euros.
Mesmo assim, há garantias de que a Sporting SAD vai reembolsar os subscritores em 30 milhões de euros: metade do montante será proveniente de fundos próprios “decorrentes da sua atividade operacional”; os restantes 15 milhões serão obtidos através da banca: “Em caso de subscrição incompleta da Oferta, a Sporting SAD diligenciará junto das suas fontes habituais de financiamento com vista a obter os recursos necessários para cumprimento dos seus objetivos, designadamente mediante financiamento bancário”, refere a empresa no prospeto.
(Notícia atualizada às 21h00 com mais informação sobre a emissão)
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