Quer tornar os mercados de capitais mundiais acessíveis a qualquer investidor e por menos custos. No terceiro trimestre de 2020 já deverá estar disponível em Portugal. Só falta conseguir a licença de corretora junto do Banco da Lituânia – país onde está sediada a Evarvest – para passar a servir os 28 mil investidores que aguardam pela chegada da sua aplicação.
A empresa quer ser uma espécie de Spotify para a bolsa e ajudar os mais jovens a comprarem ações das marcas que usam e adoram, seja a Nike ou a Apple. Os utilizadores da aplicação poderão escolher facilmente os títulos onde vão investir a partir de playlists de ações. E também poderão seguir as carteiras de investimento dos seus amigos na plataforma.
“Vivendo em diferentes cidades e países, notei que o setor financeiro não consegue atender às necessidades e expectativas dos investidores modernos da maneira como empresas de tecnologia como Facebook, Uber e Spotify conseguem – tanto em termos de conveniência como de custo-benefício”, afirma Stephanie Brennan, a presidente executiva e fundadora da Evarvest em respostas por escrito ao Dinheiro Vivo. Brennan constatou que, “apesar de 93% do valor do mercado de ações estar dividido entre três continentes – América, Europa e Ásia -, o acesso a esses mercados é limitado e o custo é alto”. “Então percebi que era hora de tornar o investimento tão simples quanto ter um smartphone e uma boa conexão wi-fi – tal como deveria ser numa era de tanta tecnologia e avanços tecnológicos.” Assim nasceu a ideia de criar a aplicação que promete levar os millennials e a geração Z a passar a ser acionista das suas marcas favoritas. “Hoje, as pessoas precisam de soluções de investimento fáceis, rápidas e baratas, que não são restringidas por nenhuma barreira”, sublinhou. A Evarvest promete “unir as bolsas de valores de todo o mundo” e torná-las acessíveis aos investidores a nível global.
“As pessoas precisam de soluções de investimento fáceis, rápidas e baratas, sem barreiras.”
A negociação de ações norte-americanas não terá custos. A Evarvest vai cobrar uma pequena comissão nos câmbios, tal como nas operações instantâneas e na negociação de ações fora dos EUA.
A empresa também assumiu o papel de ensinar os clientes a fazerem os seus investimentos, para que se possam tornar investidores sensatos.
Quando tiver a sua licença na Lituânia, a Evarvest pode começar a operar naquele país, o que prevê que seja uma realidade no primeiro trimestre de 2020. Inicialmente, estava previsto o seu lançamento na segunda metade deste ano. A licença lituana dará a possibilidade de a empresa poder operar nos restantes membros da União Europeia, após serem notificados os supervisores de cada país. Portugal é um dos países que está no seu radar. “Planeamos lançar a nossa aplicação em Portugal no terceiro trimestre de 2020”, adiantou.
Criada em janeiro de 2018, a Evarvest fechou, em março deste ano, uma parceria com a Currencycloud, um fornecedor de serviços de pagamentos e câmbios. A empresa fez a primeira ronda de financiamento em maio, na plataforma Seedrs, e foi avaliada em 1,75 milhões de euros. Está prevista nova ronda ainda em 2019.
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