A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) planeia investir um total de 109 milhões de euros até 2034, dos quais 88,3 na operação de autocarros, segundo o novo contrato de serviço público, consultou esta sexta-feira a Lusa.
“Em termos globais, o plano de investimento do período a que respeita o contrato de serviço público ascende a cerca de 109 milhões de euros”, pode ler-se no contrato de serviço público com os municípios do Grande Porto, a que a Lusa teve acesso.
Em causa está o novo contrato de serviço público que deverá entrar em vigor em janeiro de 2025, após o fim do atual no final do ano.
Para a operação de autocarros está previsto um investimento de 88,3 milhões de euros, divididos entre os veículos, postos de carregamento e melhorias nas estações de recolha de Francos, Areosa e Via Norte.
Para os veículos em concreto, está previsto um montante de 62 milhões de euros, entre 8 milhões de euros para 20 autocarros elétricos standard (2025), 24 milhões de euros para 60 autocarros articulados a gás natural (10 em 2025, 25 em 2026 e 25 em 2027) e 16,5 milhões de euros para 22 autocarros elétricos de dois pisos (2028).
Carregadores duplos (1,9 milhões de euros), a aquisição de baterias para os veículos (11,6 milhões de euros) e a infraestrutura para os carregadores (950 mil euros) são outras das despesas associadas ao investimento nos veículos.
Quanto às estações de recolha, a requalificação de Francos custa três milhões de euros, e o investimento nas estações da Areosa e Via Norte aponta para os 10,6 milhões de euros, divididos entre a empreitada na Areosa (2 milhões de euros), a empreitada para receber painéis fotovoltaicos nas duas estações (5,6 milhões de euros) ou a instalação elétrica associada aos painéis (2,6 milhões de euros).
Os painéis em si terão um custo de 5,5 milhões de euros, valor semelhante à verba prevista para outros projetos de apoio rodoviário à operação da STCP (5,8 milhões).
Os restantes 20 milhões de euros de investimento da STCP dizem respeito a projetos de inovação e outros (12 milhões de euros), software e equipamento informático (3,5 milhões de euros), equipamento oficinal e administrativo (2,2 milhões de euros) e outros projetos (2,9 milhões de euros).
Relativamente a gastos com pessoal, “é previsto pela STCP um reforço do quadro com contratação de 48 efetivos para o modo BRT” [metrobus], estimando-se “um efetivo total afeto ao contrato de serviço público de transporte rodoviário de passageiros de 1.456 efetivos entre 2026 e 2034”.
Os municípios do Grande Porto acionistas da STCP vão pagar 344 milhões de euros à transportadora até 2034, no âmbito do novo contrato de serviço público com vigência de 10 anos.
Em causa estão os municípios acionistas da STCP: Porto (53,69%), Vila Nova de Gaia (12,04%), Matosinhos (11,98%), Maia (9,61%), Gondomar (7,28%) e Valongo (5,4%).
O novo documento tem de ser aprovado pelos respetivos executivos e assembleias municipais.
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