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O secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, disse nesta segunda-feira que a subida do preço do arroz no mercado mundial não deverá ter impacto imediato nem significativo em Portugal.
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O preço do arroz tem disparado no mercado mundial devido aos receios em torno da oferta deste cereal por causa da seca, que ameaça a produção na Tailândia, e depois de a Índia ter banido algumas exportações, avançou hoje o Jornal de Negócios.
Segundo explicou à Lusa o secretário-geral da CAP, “o arroz que se comercializa no mercado mundial é arroz agulha” enquanto “o arroz produzido em Portugal é arroz carolino, na sua maioria”.
A suspensão de exportações de arroz na Índia devido à seca “provocou logo uma subida de preços no mercado mundial” que “é muito volátil e nervoso”, mas essa subida, “para já, não chegará aqui a Portugal” porque o país “tem ‘stocks’ de arroz e está ainda com a campanha anterior”.
No entanto, advertiu Luís Mira, “daqui a algum tempo é possível que venha a sentir-se em Portugal este aumento do preço” do arroz, embora “não de forma exagerada”.
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O dirigente da confederação considera difícil prever se ou quando é que os preços do arroz poderão variar em Portugal, porque dependerá sobretudo dos industriais que têm o arroz armazenado e não dos produtores do cereal.
“A produção deste ano só vai começar a ser colhida a partir de outubro e, portanto, só depois disso é que se saberá se haverá mais quantidade, qual é a produção e tudo isso”, referiu.
“Não há necessidade de as pessoas irem a correr comprar arroz porque o arroz não vai faltar e porque o preço não vai subir de uma forma exagerada”, considerou Luís Mira.
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