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O Bank Millennium reportou esta segunda-feira prejuízos de 1264 milhões de zlotys (270,5 milhões de euros), de janeiro a setembro, e de 214,3 milhões de euros no terceiro trimestre, justificando com custos com moratórias de crédito.
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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a subsidiária polaca do BCP referiu que “este nível de perdas trimestrais deveu-se sobretudo ao reconhecimento antecipado dos custos relacionados com as moratórias de crédito (1423 milhões de zlotys antes de impostos, 304,6 milhões de euros/1153 milhões de zlotys após impostos, 246,8 milhões de euros) que afetaram os bancos polacos em julho”.
No primeiro semestre, o banco detido em 50,1% pelo BCP tinha reduzido o prejuízo para 262,6 milhões de zlotys (56,6 milhões de euros) no primeiro semestre, cerca de metade do registado no mesmo período de 2021.
“Sem itens extraordinários, ou seja, provisão para moratórias de crédito, provisões para riscos legais da carteira de créditos hipotecários denominados em CHF, custos relacionados com acordos extrajudiciais com os mutuários dos empréstimos hipotecários denominados em CHF, impacto do pagamento relacionado com o esquema de proteção institucional (IPS) e com distribuição linear da contribuição para o fundo de resolução do BFG, o lucro ajustado seria de 1.832 milhões de zlotys, 392,3 milhões de euros, +127,4% em termos homólogos e +10,6% base trimestral”, apontou a entidade.
Em termos operacionais, a margem financeira aumentou 75,3% face ao mesmo período do ano anterior e 7,8% no trimestre, refletindo o aumento das taxas de juros ocorrido desde outubro de 2021.
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Já os custos operacionais aumentaram 34,5% em termos homólogos e diminuíram 31,8% no trimestre, “principalmente devido ao aumento das contribuições obrigatórias e à contribuição para o esquema de proteção institucional”, justificou.
Assim, a receita operacional total aumentou 48,1% em termos homólogos e 5,1% no trimestre.
Os Rácios de Capital Total (TCR) do grupo fixaram-se em 12,36% e o rácio T1 em 9,45%, ou seja, abaixo dos requisitos de 13,5% e 10,8%, respetivamente.
Segundo o banco, “a diminuição dos rácios de capital resultou da redução dos fundos próprios em 14,2%, em consequência da constituição de provisões para as moratórias de crédito e das provisões para riscos legais associados à carteira de crédito hipotecário denominado em CHF”, conforme tinha já anunciado no comunicado em mercado em julho.
Desta forma, o banco ativou o Plano de Recuperação (Capital Recovery Plan), “estimando restabelecer os níveis de capital acima dos requisitos regulamentares no menor tempo possível, através da combinação da melhoria da rendibilidade operacional e medidas de otimização de capital, nomeadamente através de operações de securitização”.
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