Portugal destaca-se na 17ª posição do World Talent Ranking de 2018 do Internacional Institute for Management Development (IMD), subindo sete lugares face à edição do ano passado. O país distanciou-se ainda mais da vizinha Espanha, que ocupa o 31º lugar. O estudo analisa a capacidade de 63 países em desenvolver, atrair e reter talento.
Segundo o estudo do IMD, para o qual contribuíram mais de seis mil executivos das 63 economias, Portugal está entre os 10 primeiros países (mantém a 7ª posição) no que respeita ao investimento e desenvolvimento de talento a nível nacional. Nesta matéria, o relatório destaca a aposta na educação e o peso das mulheres no emprego como principais pontos fortes. Contudo aponta, deficiências no que concerne à formação dos trabalhadores em local de trabalho.
Quanto à capacidade de retenção de talento, o país apresenta uma subida de sete posições para 29ª lugar, mas o estudo aponta as baixas remunerações na área dos serviços e nos cargos de gestão como um fator adverso nesta matéria. Ao nível da preparação dos recursos humanos, Portugal escalou nove posições, encontrando-se agora na 22ª posição. O IMD realça as capacidades dos trabalhadores como fator positivo, mas aponta debilidades à experiência internacional dos profissionais.
Nestes índices, Espanha apresenta um comportamento mais negativo. Na área do investimento e desenvolvimento ocupa o 36º lugar, na capacidade de retenção de talento está no 25º e na preparação dos recursos humanos no 40º.
Europa na liderança
A Suíça é o país que lidera o ranking do IMD e a Dinamarca ocupa a 2ª posição, lugares que asseguram há cinco anos consecutivos. Seguem-se a Noruega, Áustria e Holanda. O top 10 é composto apenas por países europeus, com excepção do Canada (6ª). A Eslováquia (59ª), Colômbia (60ª), México (61ª), Mongólia (62ª) e Venezuela (63ª) são os últimos países da lista.
“Cultivar uma força de trabalho qualificada e instruída é crucial para fortalecer a competitividade e alcançar a prosperidade a longo prazo, particularmente no atual cenário em que a inteligência artificial, robótica e outras novas tecnologias redefinem constantemente os desafios que governos, empresas e sociedade em geral terão de enfrentar no futuro”, diz Arturo Bris, diretor do IMD World Competitiveness Center.
“Este ano, os países de maior sucesso em competitividade de talentos são principalmente economias europeias e de média dimensão. Além disso, esses países compartilham altos níveis de investimento em educação e qualidade de vida”, frisa.
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