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O líder parlamentar do PS acusou a oposição de “azedume” e de formular sempre as mesmas críticas “independentemente do tema”, salientando que a TAP continua a ser um “ativo estratégico fundamental” para o desenvolvimento do país.
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Eurico Brilhante Dias falava aos jornalistas no parlamento após a reunião semanal da bancada socialista quando questionado sobre as críticas dos partidos sobre a intenção do Governo de alienar pelo menos 51% do capital da TAP, anunciada hoje em Conselho de Ministros.
“O conteúdo do que a oposição diz é, independentemente do assunto, a mesma crítica, o mesmo azedume, e a mesma incapacidade de construir e estamos aqui com vontade de construir e de estabelecer pontes com todos os partidos da oposição democrática, entenda-se”, afirmou Brilhante Dias.
O líder bancada maioritária socialista salientou que a TAP “é um ativo muito importante do país”, que passou por “um processo particularmente difícil durante a pandemia” e que tem “um plano de reestruturação em vigor que está a ser muito bem executado, com bons resultados”.
Brilhante Dias salientou que a companhia aérea “foi privatizada no meio ou entre dois governos, por um Governo que sabia que ia cair em 2015”.
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O socialista acrescentou que o atual Governo, “com a mesma noção de ativo estratégico, está a construir um processo de privatização que permita à TAP ter viabilidade económica, continuando a ser um ativo estratégico no quadro de uma grande aliança ou de uma grande rede que permita à TAP entrar, não só noutras rotas, mas como suportar de forma eficiente as rotas onde hoje já se distingue, que são as rotas do Atlântico sul e do Atlântico norte, também para os Estados Unidos da América”.
“Vamos esperar por este processo, processo que é aberto mas em que nós não nos mexemos um milímetro. Apesar das circunstâncias, a TAP continua a ser um ativo estratégico fundamental para o desenvolvimento do país”, concluiu.
O Governo anunciou hoje a intenção de alienar pelo menos 51% do capital da TAP, reservando até 5% aos trabalhadores, e quer aprovar em Conselho de Ministros até ao final do ano, ou “o mais tardar” no início de 2024, o caderno de encargos da privatização da TAP.
Os anúncios sobre a privatização da companhia foram feitos pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, no final do Conselho de Ministros depois da aprovação do diploma que estabelece as condições para a reprivatização da companhia aérea.
Numa altura em que se começam a perfilar interessados à compra da companhia aérea que voltou ao controlo do Estado em 2020, este documento que enquadra as condições para a privatização da TAP terá de ser promulgado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que já mostrou favorável à venda.
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