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O presidente do PSD manifestou-se neste sábado convicto de que o PS vai viabilizar as propostas para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP por ser “o primeiro interessado” em esclarecer a situação.
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Luís Montenegro assumiu esta posição em conferência de imprensa, em Lisboa, no final da primeira reunião do novo Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD – órgão consultivo do partido presidido pelo antigo líder da JSD e ex-secretário de Estado Pedro Duarte.
Tendo ao seu lado o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, o presidente social-democrata foi interrogado se admite a hipótese de a sua bancada avançar de forma potestativa para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a situação da TAP.
“O ministro das Finanças [Fernando Medina] está politicamente enfraquecido e, portanto, sem a autoridade que era necessária para poder conduzir o Ministério das Finanças”, começou por responder Luís Montenegro, numa alusão às circunstâncias em que a ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis saiu do Governo, depois de se saber que recebeu da TAP uma indemnização de meio milhão de euros para sair das funções de administradora da empresa.
Quanto à forma de se concretizar essa comissão de inquérito sobre a gestão da TAP na Assembleia da República, o líder social-democrata observou que “há propostas” nesse sentido apresentadas pelo Bloco de Esquerda e pelo Chega – e “não há nenhuma razão para o PSD à partida excluir a possibilidade de o PS viabilizá-las”.
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“O PS, a menos que persista nos erros que tem acumulado nos últimos nove meses, é o primeiro interessado em esclarecer as suas posições e opiniões. Portanto, é minha convicção que o PS vai viabilizar a comissão de inquérito à gestão da TAP”, declarou Luís Montenegro.
Caso a bancada socialista, que tem maioria absoluta, opte pelo voto contra, “isso significa mais uma vez que o PS quer obstaculizar o exercício normal de escrutínio e fiscalização dos atos do Governo”.
“Portanto, não é o PSD que tem de exercer um direito potestativo à partida, mas sim o PS é quem tem o dever de colaborar no escrutínio e na fiscalização dos atos do Governo”, reforçou Luís Montenegro.
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