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A taxa de desemprego em Portugal atingiu, em outubro, os 6,7%, a mais alta desde março. Os números são da estimativa provisória do Instituto Nacional de Estatística (INE) e apontam para um acréscimo de 0,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior, setembro, e de 0,6 pontos percentuais comparativamente a outubro de 2022. No total são 353,4 mil pessoas sem emprego, das quais quase 190 mil são mulheres. Correspondem a 54% dos desempregados em Portugal.
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“Em outubro de 2023, a taxa de desemprego situou-se em 6,7%, representando o valor mais elevado desde março de 2023 (6,8%), enquanto a taxa de inatividade (31,3%) se situou apenas uma décima acima do observado no mês anterior (31,2% em setembro de 2023)”, destaca o INE. Que dá conta, ainda, que a taxa de subutilização do trabalho se situou nos 11,9%, mais 0,1 pontos percentuais do que em setembro e 0,4 pontos percentuais acima de outubro de 2022.
Sobre a população desempregada, as estimativas provisórias de outubro apontam para os 353,4 mil pessoas já referidos, o que representa um aumento de 1,4% em relação a setembro e de 11,1% comparativamente a outubro do ano passado.
A taxa de atividade (68,7%) ficou ligeiramente abaixo do valor mais elevado da série – 68,9% em agosto de 2023 – iniciada em 1998. A população empregada (4,930 milhões) e a taxa de emprego (64,1%) mantiveram a tendência de decréscimo iniciada em setembro.
Explica o INE que a população ativa diminuiu em relação ao mês anterior, em 4500 pessoas (menos 0,1% para um total de 5,283 milhões), enquanto a população inativa aumentou em 6100 (mais 0,3% do que em setembro, embora tenha diminuído 2,2% face a outubro de 2022) para um total de 2,408 milhões.
“A evolução da população ativa resultou do decréscimo da população empregada (9100; 0,2%), que superou o acréscimo da população desempregada (4 700; 1,4%)”, diz o INE, acrescentando que a variação da população inativa se deve, essencialmente, ao acréscimo do número de outros inativos (8100 pessoas; 0,4%).
Por fim, o aumento da população ativa (86 800, mais 1,7%) em relação a outubro de 2022 resultou do acréscimo tanto da população empregada (51 700 indivíduos, mais 1,1%) como da população desempregada (35 200 pessoas; mais 11,1%). A população inativa diminuiu em 53 600 casos (menos 2,2%) devido, sobretudo, ao decréscimo do número de outros inativos (34 800; menos 1,5%).
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O número de homens e mulheres ativos é praticamente igual – 2,640 milhões de homens e 2,643 milhões de mulheres -, mas os homens têm uma taxa de atividade mais alta: 71,8% contra os 65,9% das mulheres. Não admira, por isso, que a taxa de emprego, que é de 64,1% no total, seja de 67,3% para os homens e de 61,1% para as mulheres.
Significativo também é o fato de a taxa de emprego entre os que têm mais de 25 anos se situar nos 69%, que compara com os 31% para os jovens entre os 16 e os 24 anos. Não admira, por isso, que a taxa de desemprego, que é de 6,7% no total da população nacional, seja de 5,6% nos adultos com mais de 25 anos e de 20,8% nos jovens entre os 16 e os 24 anos.
O INE divulgou também ontem os valores definitivos de setembro, revendo em alta a taxa de desemprego desse mês para 6,6% em vez de 6,5% da estimativa provisória. Comparativamente a setembro de 2022 houve um acréscimo de 0,4 pontos percentuais.
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