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A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 0,5% em junho, taxa inferior em 0,7 pontos percentuais à do mês anterior e coincidente com a estimativa rápida anteriormente avançada, divulgou hoje o INE.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), “esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços verificado em junho de 2020, na fase final da primeira vaga das medidas de contenção da pandemia covid-19”.
O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de -0,3% (0,6% em maio).
A variação mensal do IPC, que não é afetada pelo referido efeito de base, foi de 0,2% em maio e junho (0,9% em junho de 2020). Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, a variação do IPC foi -0,1% (0,2% no mês anterior e 0,8% em junho de 2020).
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Já a variação média dos últimos 12 meses foi 0,3% (0,2% em maio).
Em junho, o agregado relativo aos produtos energéticos registou uma variação homóloga de 9,0% (9,9% no mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma taxa de variação de 0,1% (-0,1% em maio).
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou variação homóloga de -0,6%, taxa inferior em 1,1 pontos percentuais à do mês anterior e inferior em 2,5 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em maio de 2021, esta diferença tinha sido de 1,5 pontos percentuais).
Quanto à variação mensal do IHPC, foi de 0,2% (0,3% no mês anterior e 1,2% em junho de 2020) e a variação média dos últimos 12 meses foi de -0,2% (-0,1% no mês precedente).
Por classes de despesa e face ao mês precedente, o instituto destaca o aumento em junho das taxas de variação homóloga das classes da ‘habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis’ e do ‘lazer, recreação e cultura’, com variações de 1,8% e 0,9%, respetivamente (1,5% e 0,8% no mês anterior).
Em sentido oposto, assinala a diminuição da taxa de variação homóloga da classe dos ‘restaurantes e hotéis’, dos ‘transportes’ e das ‘bebidas alcoólicas e tabaco’, com variações de -6,2%, 3,8% e 0,1%, respetivamente ( -4,1%, 5,6% e 1,5% no mês anterior).
Nas classes com contribuições positivas para a variação homóloga do IPC destaca-se a dos ‘transportes’, enquanto nas classes com contribuições negativas sobressai a dos ‘restaurantes e hotéis’.
Comparando com o mês precedente, em junho são de salientar os aumentos das contribuições para a variação homóloga do IPC das classes da ‘habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis’ e do ‘lazer, recreação e cultura’.
Em sentido contrário, o INE sublinha a redução da contribuição da classe dos ‘transportes’, dos ‘restaurantes e hotéis’ e dos ‘bens alimentares e bebidas não alcoólicas’.
(Notícia atualizada)
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