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O valor dos impostos com relevância ambiental ascendeu a 4,77 mil milhões de euros em 2020, o que representa apenas 6,8% do total das receitas de impostos e contribuições sociais, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira.
Em 2019, o peso deste tipo de taxas no total das receitas de impostos e contribuições sociais era de 7,3%, superior à média da União Europeia (5,9%). Os valores apurados indicam “uma diminuição de 12% face a 2019, o que compara com a variação de -4,6% observada para o total da receita de impostos e contribuições sociais”.
Qual o motivo para o decréscimo? “Os efeitos particularmente significativos da pandemia da Covid-19 na receita de impostos associados à aquisição e utilização de veículos automóveis”, lê-se.
O gabinete de estatística explica que, entre 2019 e 2020, “o imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos ganhou importância relativa nos impostos com relevância ambiental, passando de 67,3% para 69,2%”. Acresce o peso que outros impostos sobre a energia, incluindo licenças de emissão de gases com efeito de estufa, também ganharam, passando de 5,1% para 6,3%.
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Contudo, perdeu importância o imposto sobre os veículos, atingindo agora 9,4% do total dos impostos com relevância ambiental (13,7% em 2019), tendo-se verificado uma diminuição de 39,8% na receita deste imposto em 2020.
Ora, realça o INE, que esse comportamento “reflete a redução de 33,9% do número de veículos vendidos no contexto de enorme incerteza associada à pandemia, o que implicou um adiamento da decisão de compra de veículos novos e da renovação de frotas, nomeadamente no setor do aluguer de veículos”.
Desta forma, “a receita com o conjunto de impostos sobre a aquisição e utilização de veículos automóveis (imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos, imposto sobre veículos e imposto único de circulação) representou, em 2020, cerca de 88,1% do total dos impostos com relevância ambiental (89,5% em 2019). Já a receita relativa às licenças de emissão de gases com efeito de estufa continua a ganhar peso relativo no total da receita dos impostos com relevância ambiental, observando-se mesmo um aumento da receita destas licenças em 2020, face ao ano anterior.
Observando o comportamento dos impostos com relevância ambiental por categorias, o INE aponta que os impostos sobre a energia representavam 75,5% do total da receita das taxas ambientais. Os impostos sobre os transportes tinham um peso de 23,7% e os impostos sobre os recursos e sobre a poluição tinham uma “expressão insignificante na estrutura dos impostos com relevância ambiental (ambos com um peso de 0,4%) “.
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