Ainda não está na hora de gastar. A descida das taxas de juro são boas notícias para os portugueses, mas é preciso cautela, avisa a Deco.
A Associação de Defesa do Consumidor lembra que apesar da diminuição das prestações do crédito à habitação, as descidas do BCE não vão ser tao significativas nem rápidas e, por isso, as dificuldades ainda se vão manter por mais tempo.
“Para muitas famílias estas são boas notícias, mas tem que haver aqui ainda um controlo muito grande da parte das famílias”, diz Natália Nunes, porque as descidas “não vão ainda ser significativas, nem vão descer de forma muito, muito rápida”.
“É preciso que as famílias também continuem a ser muito responsáveis”, sublinha.
Nestas declarações à Renascença, a jurista da Deco dá um exemplo dos valores que as famílias podem ver reduzidos.
“Alguém que tem um empréstimo de 150.000 euros a 30 anos com um spread de 1%, com uma Euribor a seis meses em dezembro estava a pagar 811 euros e este mês já vai pagar 786 euros. Há aqui já uma redução de 25 euros”, exemplifica.
Segundo a Deco há já muitas famílias que viram nos últimos dois meses as suas prestações descerem. Os bancos, diz Natália Nunes, já estão a refletir na atualização dos créditos a decisão que se espera para esta quinta-feira do BCE.
“A verdade é que os mercados já estão a antecipar essas descidas. Nós já, em maio, vimos uma ligeira diminuição das prestações. É a revisão da prestação”, indica Natália Nunes, salientando que “a taxa só tem implicação no momento da revisão da prestação”.
O Banco Central Europeu (BCE) deverá começar, esta quinta-feira, a baixar as suas taxas de juro, atualmente no nível mais alto de sempre, permitindo um alívio nos empréstimos de famílias e empresas.
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