As associações representantes dos taxistas portugueses anunciaram esta quarta-feira o fim do protesto, ao fim de oito dias de paralisação.
Carlos Ramos, da Federação Portuguesa do Táxi, disse aos jornalistas, em Lisboa, aceitou uma proposta do PS de transferir para as autarquias a regulação do serviço de transporte de passageiros regular e ocasional.
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida, hoje “é um dia muito triste”.
O setor ainda não conseguiu “uma vitória total”, mas Florêncio Almeida assumiu a felicidade de ter mostrado “a Portugal inteiro” que a classe não corresponde à imagem que lhe é atribuída, tendo em conta a forma pacífica como decorreram as concentrações dos últimos dias.
Os taxistas estão em protesto desde dia 19, contra a entrada em vigor, a 1 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal – Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé, com concentrações em Lisboa, Porto e Faro.
Esta quarta-feira, centenas de taxistas caminharam até à Assembleia da República, onde decorreu o debate quinzenal, com a presença do primeiro-ministro, António Costa. Acabaram por ser recebidos pelo Partido Socialista.
Durante o debate no Parlamento, António Costa garantiu que não vai mexer na chamadas “Lei Uber” e disse que “a situação de desigualdade existe, mas em benefício do táxi”.
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