O confinamento provocado pela pandemia do Covid-19 levou a mudanças de comportamento no acesso à internet, com muitos portugueses a aceder aos sites a partir de casa, de acordo com os dados do Netaudience, estudo de audiências da Marktest.
“O total de portugueses que acedeu por computador não diminuiu. Mas é visível um decréscimo muito claro nos números a partir do local de trabalho”, refere o estudo da Marktest, que analisou o consumo de sites de Informação, TV, Rádios, Desporto e Automóvel, Social e Vida e Serviços auditados pelo estudo de audiências.
“Logo no 1º dia de escolas encerradas (16 de Março), o total de portugueses que acedeu a sites auditados através de PCs de trabalho é claramente inferior ao da sexta-feira anterior. Neste último dia de trabalho da semana anterior, fizeram-no um pouco mais de 420 000 portugueses enquanto na 2ª feira seguinte, esse grupo já só incluía cerca de 300 000 portugueses. Se compararmos este último número com a média do período 2 a 13 de Março ( ≈ 440 000), constatamos uma redução de 32%”, refere o estudo.
Nessa primeira semana, que incluiu a entrada em Estado de Emergência, o número de pessoas a fazer acessos a partir do trabalho foi reduzindo, chegando-se à sexta-feira seguinte com 200 000, ou seja, já metade da média do período
anterior.
Desde então a tendência de acessos de sites auditados a partir do local de trabalho tem vindo sempre a descer. “Os números mais baixos são atingidos na última semana aqui em análise (que termina com a sexta-feira 1º de maio). Os 4 dias de trabalho desta semana (27 a 30 de Abril) apresentam uma redução de cerca de 85%, comparativamente aos números médios de portugueses a visitar sites auditados, nas duas primeiras semanas da análise”, refere o estudo.
“Esta descida de 85% (-370 000 portugueses) no acesso por PCs de trabalho não leva, no entanto, a uma descida geral de acesso por PC, devido ao aumento de 55% (+ 440 000 portugueses) nos acessos PC exclusivamente a partir de casa”, destaca o estudo, que conclui: “Esta evolução aponta para que muitos portugueses, que utilizavam computador como ferramenta na sua actividade profissional, tenham entretanto transitado para teletrabalho.”
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