
A Tesla está a exigir aos seus fornecedores que excluam componentes fabricados na China na produção dos seus veículos nos Estados Unidos, noticiou esta sexta-feira o Wall Street Journal.
Segundo o jornal, o fabricante liderado por Elon Musk e os seus fornecedores já substituíram alguns componentes produzidos na China e pretendem trocar todos os restantes por peças fabricadas fora do país asiático no próximo ano ou dois, citando fontes familiarizadas com o assunto.
De acordo com o Wall Street, os executivos têm enfrentado dificuldades devido às tarifas oscilantes no conflito comercial entre os EUA e a China, o que tem complicado as estratégias de preços.
A Tesla tem vindo a aumentar a aquisição de componentes na América do Norte para as suas fábricas nos EUA há dois anos, perante ameaças de novas tarifas, noticiou a Reuters em abril.
No início deste mês, dados da Associação Chinesa de Automóveis de Passageiros mostraram que as vendas de veículos elétricos fabricados pela Tesla na China caíram 9,9%, para 61.497 unidades em outubro, face ao mesmo período do ano anterior, revertendo um aumento de 2,8% registado em setembro.
A produção dos Model 3 e Model Y na sua fábrica de Xangai, incluindo exportações, caiu 32,3% em relação a setembro.
As tensões entre os dois países deixaram os executivos do setor automóvel em modo de contenção ao longo de 2025. As tarifas intermitentes impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, e sucessivas ondas de preocupação na indústria sobre potenciais estrangulamentos no fornecimento de terras raras e escassez de chips levaram as construtoras a repensar a sua dependência da China, uma importante fonte de peças e matérias-primas.
Esta semana, a General Motors informou milhares de fornecedores de que devem retirar componentes fabricados na China das suas cadeias de abastecimento.











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