Um cenário mais adverso que nos últimos exercícios. Os testes de stress que a Autoridade Bancária Europeia (EBA na sigla em inglês) se prepara para aplicar à banca do Velho Continente vão contar com um cenário mais adverso que no passado, tendo em conta o atual ciclo económico.

As condições inerentes a estes testes foram reveladas esta sexta-feira, 31 de janeiro. E o novo cenário vai integrar as consequências de um período alargado de taxas de juro historicamente baixas, associado a uma forte queda de confiança que levará a um enfraquecimento da atividade económica, devido nomeadamente a tensões comerciais, de acordo com o jornal espanhol Expansión.

Na prática, o produto interno bruto (PIB) da União Europeia teria uma queda de 4,3 pontos em termos acumulados entre 2020 e 2022. Os mercados financeiros das principais economias mundiais iriam registar uma queda de 25% e cerca de 40% nos mercados emergentes. Além disso, está associado também um conjunto de riscos que podem tornar-se realidade devido ao brexit, indica o jornal.

Quanto às mudanças climáticas não é considerado como uma ameaça, dado que é expectável que os seus efeitos sejam superiores a três anos.

Vão ser sujeitas a estes testes 51 entidades bancárias. O Banco Central Europeu, indicou esta sexta-feira, vai supervisionar 35 grandes bancos da Zona Euro – que representam 70% dos ativos bancários da área do euro – este ano como parte das avaliações à solvência destas entidades que a EBA vai realizar aos 51 bancos, segundo a mesma fonte.

Os resultados destes testes devem ser conhecidos no final de julho.

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