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A União Europeia está em vias de introduzir um “amplo pacote legislativo” assente na sustentabilidade e na economia circular, mas, para a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal esse pacote constitui “tanto uma oportunidade como um risco”. Para Mário Jorge Machado é vital garantir a reciprocidade das regras, exigindo que “todos os países terceiros que vendem para a Europa têm de cumprir exatamente com os mesmos requisitos dos que aqui produzem”.
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Para este responsável, que falava na sessão de abertura da 10ª Convenção Europeia do Têxtil e Vestuário que decorre no Porto em simultâneo com o 24º Fórum da Indústria Têxtil Portuguesa, subordinados ao tema da sustentabilidade e da competitividade, “é o verdadeiro futuro” destas indústrias que está em causa se não for garantida uma “monitorização efetiva”, designadamente através da aplicação de sistemas de rastreabilidade à produção. O objetivo é obter uma “total transparência nos processos”, de modo a que a decisão final caiba ao consumidor, mas que este tenha “plena consciência” da sustentabilidade dos produtos que vai adquirir.
Se assim não for, “poderemos encontrarmo-nos numa situação muito difícil dentro de alguns anos”, alerta o presidente da ATP.
O que não significa que a atual seja fácil. Pelo contrário. Mário Jorge Machado fala num momento de “extrema dificuldade e completa incerteza”, resultante dos efeitos da pandemia, acrescidos das “trágicas consequências” da guerra na Europa, a nível energético, da inflação, aumento das taxas de juros e queda do consumo. Para este responsável, este é o “cenário de crise profunda em que vivemos e que, infelizmente, temos a certeza que piorará antes de melhorar”.
Mais, Mário Jorge Machado teme mesmo pela sobrevivência de “muitos milhares de empresas”,responsáveis por mais de 1,2 milhões de trabalhadores em toda a Europa.
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