A fintech Tink passou a disponibilizar, a partir desta quinta-feira, a sua plataforma de ‘open banking‘ em Portugal.
A plataforma da Tink permite que bancos, fintechs e startups desenvolvam serviços financeiros personalizados e garante “o acesso a informação financeira agregada e enriquecida das 20 maiores instituições financeiras portuguesas que atingem mais de 9 milhões de clientes bancários no país”, diz a empresa em comunicado.
“Através deste lançamento em Portugal, a Tink permite a qualquer negócio ou programador desenvolver serviços financeiros – baseados em análise de dados – destinados a clientes bancários portugueses”, refere.
A plataforma da Tink liga-se às maiores instituições financeiras portuguesas, abrangendo mais de 90% dos clientes bancários em Portugal, adianta a empresa.
A Tink foi a parceira escolhida pela Caixa Geral de Depósitos para lançar a sua aplicação DABOX, disponível para clientes bancários e que ajuda a gerir contas e gastos.
“Ao estabelecer uma única API (application programming interface), a Tink permite aos seus utilizadores acederem a informação agregada sobre contas e transações enriquecidas que podem ser utilizadas para o desenvolvimento da próxima geração de serviços financeiros digitais”, afirma a Tink.
A Diretiva Europeia de Serviços de Pagamentos (PSD2), que entrou em vigor em Portugal em setembro deste ano, veio obrigar os bancos a permitir a outras entidades o acesso às contas dos clientes, desde que estes autorizem. As novas regras vieram abrir o mercado dos serviços bancários e permitir a empresas que não os bancos oferecerem diversos serviços financeiros.
A plataforma europeia da Tink tem ligação às API dos bancos, permitindo o acesso aos clientes bancários por parte da banca e outras entidades que queiram fornecer serviços financeiros digitais.
“A Tink é o líder europeu na tecnologia de open banking. A nossa plataforma permite aos bancos, a fintechs e a startups aceder a dados financeiros e desenvolver, com base na nossa tecnologia, serviços para os clientes finais”, explicou Beatriz Gimenez, country manager da Tink para Espanha e Portugal.
“Estamos comprometidos com o mercado português. Por isso é que integrámos todos os principais bancos em Portugal e podemos fornecer dados financeiros de cerca de 90% da população portuguesa”, adiantou. em declarações ao Dinheiro Vivo.
A empresa decidiu abrir um escritório em Lisboa e vai ter, para já, um representante para o mercado português, com Beatriz Gimenez a liderar a operação da Tink no país.
“O nosso compromisso é facilitar o desenvolvimento do movimento de open banking em Portugal”, frisou.
Os seus clientes são os bancos, as fintechs, startups e todas as empresas que queiram fornecer serviços financeiros, nomeadamente de pagamentos, como as telecoms e as empresas de retalho.
A empresa tem já um conjunto de projetos em desenvolvimento para serem lançados no mercado português. “Temos um ‘pipeline‘ em que estamos a trabalhar mas ainda não é informação pública. Mas esperamos que novos anúncios em 2020″, disse Gimenez.
Os novos lançamentos em Portugal estão ligados, nomeadamente, a retalhistas e prestadoras de serviços de crédito ao consumo, entre outros, adiantou a mesma responsável.
Baseada na Suécia, a Tink tem escritórios em toda a Europa e obteve este ano um novo financiamento de 56 milhões de euros para desenvolver a sua plataforma.
Atualizada às 10H12 com mais informação
Deixe um comentário