Este ano, os olhos estão postos no 5G, nova tecnologia de telecomunicações móveis que deverá impulsionar as vendas de terminais de comunicação e dados em 2020. “Será certamente o grande motor de crescimento, pelo que com o aparecimento das primeiras redes na Europa, esta tecnologia terá um papel fundamental na escolha dos clientes”, defende Francisco Teixeira, responsável da área de telecomunicações e entretenimento da MediaMarkt.
Um impacto que deverá fazer-se sentir nas vendas de smartphones, que no ano passado recuaram 1,1%, para 2,7 milhões de unidades. Mas Gabriel Coimbra acredita que não será já este ano. “Só em 2021 ou 2022, com o 5G e modelos disruptivos é que veremos crescimentos (de vendas de smartphones) significativos”, prevê o diretor-geral da IDC Portugal. Para este ano, as estimativas são de um recuo de 1,2%, para vendas de 2,68 milhões de terminais.
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Em Portugal, o arranque da quinta geração de telecomunicações móveis (permitindo maior velocidade e capacidade de transporte de dados) está previsto para junho. Com os operadores de telecomunicações a aguardarem este mês informação do leilão das faixas de frequências que, cumprindo-se o calendário, deverá ocorrer em abril.
Neste momento, Matosinhos já está ligada por 5G. Mais cidades se seguirão. “Prevê-se que o mercado seja impulsionado pelas novas tecnologias pelo 5G, pelo que será relevante acompanhar a sua evolução na Europa”, comenta Gonçalo Lobo Xavier. E não só. “Novos formatos de design e novas aplicações para os equipamentos, como ecrãs dobráveis e ultrafinos, ou até mesmo a inteligência artificial contribuirão para a evolução do mercado”, diz o diretor-geral da APED.
Mais valências
Dispositivos inteligentes para controlar a casa (iluminação, temperatura ou assistentes) deverão continuar a ver subir as vendas: estima-se um crescimento de 19,1%, para 844 mil unidades, segundo a IDC. “É expectável que os wearables, dos quais os smartwatches são um exemplo, tenham cada vez procura”, antecipa Inês Drummond Borges, diretora de marketing da Worten. A IDC estima uma subida de 19,8%, para 890 mil unidades.
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