//Tomás Correia: negócio ruinoso para a CGD foi “falha monumental”

Tomás Correia: negócio ruinoso para a CGD foi “falha monumental”

António Tomás Correia considerou uma “falha monumental” o negócio de obrigações que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) fez com o Credit Suisse, que gerou perdas de 340 milhões de euros para o banco público, tornando-se numa das operações mais ruinosas para a Caixa.

“Fiquei estupefacto”, disse Tomás Correia no Parlamento, descrevendo a sua reação quando, em 2001, foi informado de que o contrato do negócio continha uma cláusula que dava o poder ao Credit Suisse para modificar os ativos subjacentes da operação.

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Disse que o conselho de administração da CGD não tinha conhecimento dessa cláusula e defendeu que o banco deveria ter defendido a sua posição na justiça até ao limite. Adiantou que cabia “ao departamento financeiro” aferir da bondade do contrato.

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Tomás Correia está a ser ouvido na nova comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD por ter sido administrador do banco público. O atual presidente da Associação Mutualista Montepio Geral saiu da CGD em 2003, quando exercia o cargo de administrador. A comissão foi criada na sequência de uma auditoria feita pela EY que identificou falhas na concessão de crédito no banco, que acabou por ter de fazer uma recapitalização de cerca de 5.000 milhões de euros.

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