//Tomás Correia violou limites de investimentos especulativos

Tomás Correia violou limites de investimentos especulativos

Depois da crise do subprime, a gestão de Tomás Correia violou, em 2014, os limites de investimentos especulativos, apostando em derivados da PT e concedendo créditos a clientes de risco. O resultado traduz-se em perdas de quase 600 milhões de euros, escreve o Público, esta quinta-feira.

Em causa estão os investimentos especulativos que o Montepio fez em derivados da PT (75 milhões de euros) e empréstimos de risco concedidos a nove clientes (850 milhões de euros). A situação levou o departamento de planeamento da instituição a enviar um email à administração, chefiada na altura por Tomás Correia, em jeito de alerta.

O departamento de planeamento estava especialmente preocupado com as aplicações da Caixa Económica Montepio Geral em derivados de crédito, os designados CLN (Credit Link Note), onde o risco é oculto, da PT que em abril de 2014 ascendiam aos 75 milhões de euros e ainda as securitizações. Ao todo, o montante chegava aos 128 milhões de euros. No email, os técnicos alertavam que “em caso de desvalorização continuada de 30%” destes “instrumentos altamente complexos”, que desencadearam a crise do subprime de 2007 e de 2008, haveria perdas para o banco.

De acordo com o email citado pelo mesmo jornal, a empresa de navegação de Rui Alegre tinha “barcos” que eram um “cancro” (135 milhões), o Grupo Espírito Santo (120 milhões), a construtora e imobiliária HN (74,5 milhões), o construtor da Figueira da Foz Aprígio Santos (74 milhões), os construtores José Guilherme e Jorge Silvério (120 milhões), mas também à EDP (150 milhões), a PT (114,2 milhões) e a Galp (80 milhões de euros). Do conjunto salvaram-se os investimentos na EDP, na Galp e no GES.

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