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Os trabalhadores do Grupo Águas de Portugal (AdP) estão em greve nesta quinta-feira por aumentos salariais e melhores carreiras e protestaram na rua contra a falta de resposta da empresa às suas reivindicações, prometendo continuar a luta.
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“A greve de hoje está a ter uma grande adesão (…). Nos serviços operacionais apenas estão a funcionar os serviços mínimos, porque o descontentamento dos trabalhadores é muito grande”, disse à agência Lusa Mário Matos, dirigente da Fiequimetal (federação dos sindicatos das indústrias transformadoras).
Segundo o sindicalista, os sindicatos não conseguem de imediato definir a percentagem global de adesão à greve porque muitos trabalhadores estão em teletrabalho.
Durante o dia de greve, convocada pela Fiequimetal e pelo Sindicato dos Trabalhadores a Administração Local (STAL), realizaram-se concentrações de protesto em Lisboa, Aveiro e Vila Real.
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Os trabalhadores que participaram nas concentrações aprovaram uma resolução na qual afirmam que “não aceitam ficar mais um ano sem verdadeiros aumentos”.
“O que os trabalhadores precisam e exigem é que o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) seja cumprido e que o Conselho de Administração se disponibilize para uma verdadeira negociação, com vista à revisão da Tabela Salarial, entre outras matérias”, defendem no documento.
Na resolução, os trabalhadores, os dirigentes e ativistas sindicais das empresas do Grupo AdP reafirmaram as reivindicações anteriormente apresentadas à empresa, nomeadamente um aumento salarial de 90 euros para todos os trabalhadores, um novo regime de carreiras, categorias profissionais e funções, que valorize e reconheça a experiência profissional e o empenho dos trabalhadores e a urgente regulamentação e atribuição de um suplemento de penosidade, insalubridade e risco.
Os trabalhadores desafiaram o Conselho de Administração do Grupo ADP a retomar, de forma urgente, o processo negocial que estava em curso, dando resposta positiva ao caderno reivindicativo apresentado pelo STAL e Fiequimetal, e mandataram a Comissão Intersindical para “prosseguir, desenvolver e ampliar todas as formas de luta — incluindo novas greves –, que se mostrem necessárias para a concretização das suas justas reivindicações”.
Mário Matos disse à Lusa que está marcada uma reunião com a empresa para quarta-feira e, consoante os resultados da mesma, poderão ser decididas novas formas de luta.
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