//Trabalhadores da Navigator terão semana de 38 horas em 2020

Trabalhadores da Navigator terão semana de 38 horas em 2020

Os trabalhadores da Navigator convocaram uma greve de quatro dias, com início a 13 de novembro e fim à meia-noite do dia 16. Reivindicam um “reenquadramento salarial” e a “revisão do plano de carreiras”. Em resposta ao protesto, a empresa emitiu esta segunda-feira uma nota, segundo a qual “não encontra justificação para esta greve”.

A empresa produtora de pasta de papel sublinha que em 2019 reduziu o horário de trabalho dos funcionários de 40 para 39 horas, e que voltará a fazê-lo em 2020, com uma diminuição dos horários semanais para as 38 horas.

O grupo liderado por João Castello Branco adianta ainda que “garantiu o fundo de pensões a todos os seus colaboradores” e atribuiu prémios de desempenho de 80 milhões de euros nos últimos cinco anos. Em 2019, os prémios atribuídos aos cerca de 3200 funcionários atingiram até agora os 23 milhões de euros. Segundo a mesma nota, “58% dos colaboradores foram promovidos em termos de progressão de carreira nos últimos 4 anos”.

A Navigator revela que no último ano aumentou os custos com trabalhadores em um milhão de euros, “realidade que se tem refletido em aumentos generalizados nos ordenados e subsídios”, entre 1,5% a 2%. Segundo a empresa, a média dos ordenados na Navigator é 2,5 vezes superior à média nacional.

No ano passado, a produtora de pasta de papel, que é a terceira maior exportadora nacional, obteve um volume de negócios de 1,6 mil milhões de euros.

Os trabalhadores da Navigator convocaram o protesto no dia 5 de novembro, acusando a administração da Navigator de demonstrar “intransigência” ao longo de seis meses de negociações.

Exigem a atribuição “imediata, a todos os trabalhadores, das categorias profissionais e dos salários correspondentes às funções desempenhadas”.

A concretizar-se, a greve irá afetar as fábricas da Navigator em Aveiro, Vila Velha de Ródão, Figueira da Foz e Setúbal.

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