//Trabalhadores do Continente vão ter aumentos médios a partir de 4,8% no próximo ano

Trabalhadores do Continente vão ter aumentos médios a partir de 4,8% no próximo ano

A MC, dona dos supermercados Continente e Bom Dia, vai efetivar aumentos salariais médios a partir de 4,8% em 2023. Essas atualizações de vencimento terão ainda retroativos a março de 2022.

Depois do primeiro-ministro, António Costa, no Acordo de Rendimentos e Competitividade, ter assinado um acordo na Concertação Social que prevê uma valorização salarial anual de 5,1% em 2023, de 4,8% em 2024, de 4,7% em 2025 e de 4,6% em 2026, as empresas começam agora a ajustar e prespetivar o que vão fazer nesta matéria já em janeiro do próximo ano.

Refira-se que os valores inscritos nesse acordo não têm um caráter vinculativo para as empresas que podem definir se vão ou não subir as remunerações dos funcionários.

Em resposta às questões da Renascença a detentora do Continente respondeu que a “Sone MC irá garantir em 2023 o alinhamento com a dinâmica e a evolução do mercado de trabalho, no sentido de assegurar a competitividade das suas práticas salariais. Vamos avançar com a atualização da nossa política retributiva, nomeadamente no que respeita à prática que temos em vigor nas nossas operações de loja e logística”.

Em seguida, acrescentou irá seguir o espírito e os princípios de competitividade introduzidos no âmbito do novo Contrato Coletivo de Trabalho assinado entre a APED (associação patronal do setor da distribuição) e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo (SITESE), no final deste ano.

O que está no acordo entre Governo e parceiros sociais?

Nesse documento, ficou definido
“um aumento médio da tabela salarial de 4,8%, este último com
retroativos a março de 2022”.

A isto
acresce ainda que o contrato coletivo de trabalho para quem opera no setor retalho “contempla
um vencimento de entrada superior ao Salário Mínimo Nacional” e ainda o
compromisso do setor para que, em 2023 e 2024, o salário de entrada seja, no
mínimo, cinco euros acima do salário mínimo que for estabelecido pelo Governo.

Contém
também uma subida do subsídio de alimentação para 6 euros, o que compara com os 5,20 euros
da Função Pública inscritos no Orçamento do Estado para 2023.

[ndr. o título inicial do artigo “Trabalhadores do Continente vão ter aumentos de 4,8% no próximo ano” foi alterado para os “Trabalhadores do Continente vão ter aumentos médios a partir de 4,8% no próximo ano” após a MC detentora do Continente esclarecer que os aumentos propostos pela APED, e que em resposta escrita à Renascença disse que iria seguir, serão referência da subida dos vencimentos, mas poderão ter valores médios superiores]

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