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Foram transacionadas 165 682 habitações no ano passado, “o que constitui um novo máximo da série disponível e um crescimento de 20,5% relativamente a 2020”, de acordo com as Estatísticas da Construção e Habitação de 2021, divulgadas esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
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“Do total, 21,6 mil milhões corresponderam a transações de habitações existentes (+34,2%) e 6,5 mil milhões a habitações novas (+21,7%)”, pode ler-se no documento. O valor destas transações ascendeu a 28,1 mil milhões de euros, mais 31,1% que em 2020.
No ano em análise, o número de avaliações bancárias para concessão de crédito à habitação superou as 123 mil, compreendendo uma subida de 24,8% face a 2020 e um novo máximo desde 2009. Este é o segundo ano consecutivo em que a diferença entre o número de avaliações e o número de transações de habitações aumentou, passando de 71,8%, em 2020, para 74,4%, em 2021.
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Quanto custou comprar casa
No ano passado, o preço mediano de alojamentos familiares foi 1297 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo aumentado 9,0% face ao ano anterior. Já o preço médio da habitação manteve-se acima do valor nacional nas regiões do Algarve (2000 euros/m2 ), Área Metropolitana de Lisboa (1813 euros/m2 ), Região Autónoma da Madeira (1436 euros/m2) e Área Metropolitana do Porto (1370 euros/m2 ).
Considerando o preço médio da habitação por região, cerca de 47 municípios apresentaram valores superiores à mediana do país, estando estes maioritariamente localizados no Algarve (14 em 16 municípios) e na Área Metropolitana de Lisboa (16 em 18) – tendo a última apresentado o preço mais elevado do país. A diferença de preços entre os municípios destas duas regiões chega a 2000 euros, afirma o INE.
Cascais, Loulé, Oeiras, Lagos, Porto, Albufeira, Odivelas, Aljezur, Tavira, Lagoa e Vila do Bispo foram localidades onde se verificaram valores superiores a dois mil euros.
Preços do arrendamento
Em 2021, a renda mediana dos 87 349 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 6,04 euros/m2, aumentando 7,7% face ao período homólogo. Estes contratos verificaram ainda um aumento de 9,4% comparativamente com o ano anterior.
“O valor das rendas situou-se acima do valor nacional nas sub-regiões Área Metropolitana de Lisboa (8,90 euros/m2), Algarve (6,85 euros/m2), Área Metropolitana do Porto (6,51 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (6,33 euros/m2)”, aponta o INE.
Foi em Lisboa se concentraram mais de um terço dos novos contratos, tendo registado 29 919. Lisboa e Porto representaram, em conjunto, 52% destes novos contratos, enquanto a quota do Algarve foi de 5,8%. Por outro lado, a região do Baixo Alentejo foi a que apresentou o menor número de novos contratos de arrendamento (438).
Quanto aos preços das rendas, dos 308 municípios do país, 32 apresentaram valores acima da média nacional, tendo Lisboa assumido o valor mais elevado (11,24 euros/m2), destacando-se ainda, com valores iguais ou superiores a 7,5 euros/ m2, Cascais, Oeiras, Amadora, Porto, Almada, Odivelas, Loures, Matosinhos, Loulé, Albufeira e Lagos.
Construção
Ainda segundo as Estatísticas da Construção e Habitação de 2021, do INE, a construção e habitação registaram um “crescimento significativo” em 2021, com 25 409 edifícios e 36 731 fogos a serem licenciados em Portugal, um aumento respetivo de 8,2% e 8,7% face ao ano anterior. Os valores dos edifícios licenciados também já ultrapassam em 4,3% os do ano que antecede a pandemia (2019).
“Os edifícios licenciados para construção nova foram de novo predominantes em 2021, representando 74,6% do total de edifícios licenciados (72,7% em 2020). As obras de demolição corresponderam a 6,1% das obras licenciadas em 2021 (6,7% em 2020)”, refere o relatório.
Quanto aos edifícios concluídos no ano passado, o organismo estima que tenham sido 15 262, representando um crescimento na ordem dos 3,6% em relação a 2020. No que toca aos fogos, foram 22 384 os finalizados, traduzindo assim um acréscimo de 10,2% face a 2020.
Aos 3 619 109 edifícios e 6 002 874 alojamentos estimados no parque habitacional português em 2021, somaram-se 9131 edifícios e 19 628 alojamentos, correspondendo a um aumento de 0,25% e 0,32%, respetivamente.
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