
É oficial. Os tripulantes de cabine também se juntam ao protesto nacional marcado para 11 de dezembro, depois de o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) ter aprovado esta segunda-feira, em assembleia-geral de emergência, a adesão à greve geral.
Segundo o comunicado enviado aos associados e ao qual a Renascença teve acesso, a votação contou com a participação de 2.802 sindicalizados. Destes, 2.305 votaram a favor da adesão, 320 contra e 177 abstiveram-se.
Antes de realizar esta assembleia de emergência, o sindicato que representa os tripulantes de cabine tinha acusado o Governo de chamar “reforma” ao que considera ser “o desmantelamento das garantias laborais”, no âmbito da proposta de revisão da Lei Laboral.
Na última semana, em comunicado, o SNPVAC defendeu que o executivo “não está a reformar o Código do Trabalho, está a testar o país”, com alterações que têm “repercussões enormes no setor da aviação”.
Rejeitam ainda as acusações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que considerou haver nesta greve geral marcada pelas centrais sindicais um “oportunismo político”. Para o sindicato, esta acusação revela “uma visão profundamente injusta e desrespeitosa sobre o papel do movimento sindical”, ao mesmo tempo que o Governo “tenta transformar os sindicatos em inimigos da economia”.
“Não há modernidade quando se legisla contra quem trabalha. E não há diálogo social quando o Governo responde à contestação com acusações de oportunismo”, acrescenta o comunicado de 19 de novembro. Para esta estrutura sindical, o anteprojeto do Governo de revisão do Código do Trabalho “é um retrocesso civilizacional sem precedentes”.
A CGTP e a UGT anunciaram uma greve geral para 11 de dezembro contra a proposta do Governo, naquela que será a primeira paralisação conjunta desde junho de 2013, quando Portugal estava sob intervenção da “troika”.











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