Partilhareste artigo
Os tripulantes da Portugália reúnem-se em assembleia geral, esta terça-feira, para demonstrar “insatisfação” com o que consideram ser uma “gestão errática” da TAP, estando em cima da mesa a possibilidade de uma greve, avançou esta segunda-feira Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
Relacionados
“Poderá sair da assembleia geral um pré-aviso de greve, há essa possibilidade”, disse o presidente do SNPVAC, Ricardo Penarroias, em declarações à Lusa.
Já em comunicado, o sindicato explica que os associados irão reunir-se esta terça-feira “com o objetivo de demonstrar o seu descontentamento contra uma gestão errática, que trata de forma diferente e discriminatória os tripulantes da Portugália, como se estes tripulantes não fizessem parte do grupo TAP”.
Segundo o SNPVAC, os tripulantes da Portugália “estão cansados de promessas” sobre eventuais ajustes no acordo temporário de empresa pela presidente executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, e dizem-se “desiludidos com a ausência de soluções e respostas” às suas reivindicações.
Subscrever newsletter
“O SNPVAC pede apenas que os tripulantes da Portugália usufruam de alguns benefícios já atribuídos a outros dentro do mesmo grupo”, diz o sindicato.
Depois de dois anos “difíceis para todos”, o SNPVAC considera que “chegou o momento” de tornar pública “a insatisfação” dos trabalhadores perante “a situação operacional e laboral que a Portugália vive”.
“Se para a presidente da TAP a Portugália é um simples ACMI [aluguer operacional de aviões], semelhante a Hi Fly ou a Air Bulgária, por que é que foram implementadas aos tripulantes da Portugália, na apresentação do plano de reestruturação para o grupo TAP, as mesmas medidas cegas, sem considerar empresas ou classes profissionais, independentemente das condições laborais e remuneratórias de cada uma?” pergunta o SNPVAC.
Segundo a nota, aos tripulantes de cabine da Portugália foram aplicadas as mesmas medidas que aos outros grupos profissionais, nomeadamente um corte de 25% no salário na parte que excedia os 1 330 euros e o congelamento de progressões e evoluções salariais.
O sindicato questiona ainda decisões de gestão da empresa, como o recurso à subcontratação externa (Bulgária Air e Eastern Airways) para fazer face ao acréscimo da operação, com custos financeiros acrescidos e “com uma clara diminuição dos padrões standard definidos para a empresa em termos de formação/qualificação de tripulantes”.
Deixe um comentário