A entrada em vigor das tarifas aduaneiras dos Estados Unidos sobre produtos mexicanos foi adiada por um mês.
A informação foi avançada esta segunda-feira pela presidente do México, Claudia Sheinbaum, e já foi confirmada pelo chefe de Estado norte-americano, Donald Trump.
Numa declaração aos mexicanos, Claudia Scheinabum disse que teve uma boa conversa com o Presidente dos Estados Unidos e que os dois países vão agora trabalhar em conjunto em matéria de segurança e negócios.
Donald Trump disse esta segunda-feira que vai suspender as tarifas para o México e que as negociações continuariam para chegar a um “acordo” entre os dois países.
Numa mensagem nas redes sociais, após uma conversa telefónica com a Presidente mexicana, Donald Trump disse que participaria das negociações juntamente com os chefes dos departamentos de Estado, Tesouro e Comércio dos EUA.
As tarifas de 25% sobre os produtos mexicanos deveriam entrar em vigor na terça-feira, anunciou Trump na semana passada. O México prometeu retaliar.
O Presidente norte-americano também aprovou taxas de 25% para o Canadá, de 10% para a China e disse que a União Europeia também seria alvo de tarifas aduaneiras.
Os líderes da Alemanha e da França garantiram esta segunda-feira que, se Washington aumentar as tarifas alfandegárias aos produtos importados da União Europeia (UE), sofrerá retaliações económicas.
“Se for atacada por questões comerciais, a Europa, enquanto potência que mantém a sua posição, teria de ganhar respeito e, por conseguinte, reagir”, referiu o Presidente francês, Emanuel Macron, em declarações à entrada do retiro de líderes europeus em Bruxelas.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, também adiantou que o bloco europeu, “como o espaço económico mais forte (do mundo)” deve poder reagir também aumentando as tarifas sobre os produtos norte-americanos.
As bolsas europeias abriram esta segunda-feira no vermelho e a de Lisboa não escapa à tendência. É um movimento que se segue à decisão de Donald Trump de impor tarifas aduaneiras a vários países, incluindo à União Europeia.
Em declarações à Renascença, o economista João Cerejeira alerta que numa guerra comercial ninguém sai a ganhar. Se a retaliação firme dos 27 passar por aplicar tarifas à balança de serviços, haverá sofrimento para os Estados Unidos, sublinha.
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