//TST e transportes do Oeste suprimem serviços. “Situação é muito grave”

TST e transportes do Oeste suprimem serviços. “Situação é muito grave”

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A Transportes Sul do Tejo (TST) informou esta quarta-feira que estão a ser suprimidos alguns serviços da empresa devido à falta de combustível, explicando que as ligações continuarão a ser reduzidas até que as reservas se esgotem.

Numa nota enviada à agência Lusa, a rodoviária, que opera na península de Setúbal, adiantou que “já se encontra a suprimir serviços” e que, se o problema não for resolvido nos próximos dias, as ligações vão continuar a ser “progressivamente reduzidas ou suprimidas, à medida que as reservas de combustível da empresa se forem esgotando”.

Para minimizar os impactos na mobilidade dos clientes, a TST está a alterar alguns dos seus serviços “de modo a fazer a ligação a outros operadores de transporte”, como a Fertagus, a CP, a Metro Transportes do Sul, a Transtejo e a Soflusa.

A TST desenvolve a sua atividade na península de Setúbal com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos, designadamente Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.

Também a Rodoviária do Oeste admitiu reduzir os serviços ao mínimo nos próximos dias, para garantir o transporte de alunos no regresso às aulas, se a greve dos motoristas de matérias perigosas se prolongar.

“A situação é muito grave, as reservas estão baixíssimas e, se a greve se prolongar, a empresa não terá outra solução que não seja reduzir os serviços ao mínimo”, disse esta quarta-feira à agência Lusa Orlando Ferreira, administrador da Rodoviária do Oeste.

A empresa, do Grupo Rodoviária do Tejo, informou esta quarta-feira em comunicado que “face à greve de motoristas do transporte de matérias perigosas e consequentes dificuldades no abastecimento de combustíveis” poderá “ser forçada” a fazer alterações na oferta de transportes.

À Lusa, o administrador disse estar “focado no regresso dos alunos às aulas, na terça-feira”, situação em que “para assegurar esse transporte” é necessário “suprimir ligações na quinta-feira e na segunda-feira”.

O número de carreiras a suprimir “dependerá de as empresas de transportes fora de Lisboa e Porto serem incluídas nos serviços mínimos” e do número de dias de greve dos motoristas, já que, acrescentou, “mesmo que a greve termine rapidamente o reabastecimento vai demorar algum tempo a ser regularizado”.

A Rodoviária do Oeste (que opera nos concelhos de Alcobaça, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Peniche e nas ligações a Torres Vedras e Lisboa) prevê divulgar ainda hoje os horários que serão suprimidos.

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00h00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou esta quarta-feira que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil determinada pelo Governo, e que já há marcas “praticamente” com a rede esgotada.

O primeiro-ministro, António Costa, admitiu alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está “inteiramente assegurado” para aeroportos, forças de segurança e emergência.

Na terça-feira, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos decretados, o Governo avançou com a requisição civil, definindo que até quinta-feira os trabalhadores a requisitar devem corresponder “aos que se disponibilizem para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço”.

No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a “situação de alerta” devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias perigosas, foram definidos os serviços mínimos.

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