//Tunísia convida portugueses a conhecer mais do que a Ilha de Djerba

Tunísia convida portugueses a conhecer mais do que a Ilha de Djerba

A Tunísia é o destino convidado internacional da edição de 2023 da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa. Este é um destino do Norte de África que os portugueses conhecem, sobretudo, pelas praias da Ilha de Djerba. “Então, agora é boa altura para começar a explorar o resto do país”, diz a Diretora do Turismo da Tunísia para Espanha e Portugal em entrevista à Renascença.

Leila Tekaia garante que é um país que pode ser visitado todo o ano porque tem uma multiplicidade de produtos turísticos para oferecer, conforme os interesses do turista. Uma boa forma de aliciar os visitantes pode ser pela gastronomia. Por isso, este ano a Tunísia apresenta na BTL as suas Rotas Culinárias.

A responsável do Turismo da Tunísia para Portugal e Espanha não tem dúvidas sobre a importância de ser destino convidado na BTL. “Serve para consolidar a relação com os operadores turísticos e dá uma visibilidade acrescida do destino junto do consumidor final, já que também beneficiamos da promoção da própria organização da Feira. Estamos a trabalhar para nos afirmarmos como um destino de referência no Mediterrâneo.“

Este não é um país desconhecido para muitos portugueses. Ou antes, as praias mediterrânicas da Ilha de Djerba, a menos de três horas de Portugal, com voos diretos charters desde 2016.

Em 2019 foram 40 mil os que lá fizeram férias e depois da pandemia, este destino do Norte de África quer que os turistas portugueses regressem em maior número. Mas também que explorem o resto do país.

“Temos praias, mas também deserto, oásis, a cultura berbere, a arqueologia. Há vários operadores que estão a propor voos para Monastir (cerca de 160 kms a sul da capital Tunes), o que permite fazer percursos dedicados à Historia e Arqueologia em vez de fazer só uma estadia exclusiva de praia e localizada numa ilha. O objetivo é dar a conhecer outros destinos como Monastir, Sousse Port, El kantaoui ou Mahdia.”

Na opinião de Leila Tekaia todos os meses do ano são bons para viajar para a Tunísia. “Se o objetivo é fazer uma estadia no Sul, no deserto, a melhor altura é de outubro a abril/maio, junho no máximo. Para o verão, com as temperaturas mais altas, o melhor é ficar nas praias. Três dias de excursões e quatro de estadia no hotel para usufruir da praia, das atividades e desportos (como o golfe) ou visitas locais é o ideal para o turista português”, aconselha.

A representante do Turismo da Tunísia considera que sem ser um destino propriamente barato (depende da categoria da unidade hoteleira escolhida e do regime de alojamento), oferece uma boa relação qualidade/preço. “Um preço justo, estamos a falar em cerca de 700 euros para uma semana num hotel quatro estrelas, com viagem incluída. E aqui na BTL, até domingo, há operadores a oferecer pacotes a partir de 669 euros.”

Apesar de ter oferta turística para todo o ano, por enquanto a Tunísia é apenas um destino de verão. Os voos diretos – charters -começam no fim de março (antes da Páscoa), aumentam a frequência até ao verão e depois terminam.

“Por enquanto não há voos regulares, mas temos a perspetiva de começar a fazer ligações diretas de carreira com Portugal a partir de outubro e durante todo o ano, através de uma companhia aérea privada tunisina. Estamos a apoiar esta companhia”, revela Leila Tekaia.

Rotas Culinárias: pelos sabores se alicia o turista

Nesta edição a BTL o país convidado convida os visitantes que passarem pelo stand da Tunísia instalado no pavilhão 4 da BTL a provar alguns dos seus pratos tradicionais em degustações que decorrem ao longo de todo o fim-de-semana. “Não há melhor forma de convidar um potencial cliente do que dar-lhe a provar os sabores da terra”, justifica Leila.

Em muitos destes pratos marca presença o molho Harissa, que recentemente ganhou o estatuto de património imaterial da UNESCO. Um molho tradicional picante, confecionado à base de pimentos, pasta de alho, cominhos e coentros em pó.

As “Rotas Culinárias” é um projeto implementado em colaboração entre as autoridades tunisinas e alemãs que visa mostrar a riqueza do património culinário da Tunísia nas suas diversas dimensões: humana, cultural, artística e criativa.

Para este projeto as regiões selecionadas são o Noroeste (Beja), o Cabo Bom (Nabeul-Hammamet), o Centro e Dahar (Kairouan, Sfax e Tataouine), o Norte (Bizerte), o Sudoeste (Tozeur-Nefta) e as ilhas (Kerkennah).

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