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Tal como a CCP, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) considera “prematura” a discussão da semana de quatro dias de trabalho. O presidente desta confederação, Francisco Calheiros, defendeu esta quarta-feira, à entrada para a reunião de concertação social, que “a ideia da semana de quatro dias vai ter de ser discutida mas não agora”.
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Calheiros mostrou-se particularmente contra a implementação da semana de quatro dias, a alertar que a redução de cinco para quatro dias de trabalho por semana vai implicar “uma diminuição de 20% de produtividade”. E acrescentou: “Relembro que há semanas acabamos de assinar um acordo de competitividade e de salários, no sentido de se poder aumentar os salários. Não estou a ver como é que possamos conjugar estas duas situações, mas vamos ver o que é que dá.”
Sem cortes salariais nem apoios do Estado, o projeto-piloto da jornada de trabalho de quatro dias por semana vai ser testada inicialmente no setor privado durante seis meses, podendo ser depois estendida à Administração Pública, de acordo com a proposta que o Ministério do Trabalho apresenta esta quarta-feira a patrões e sindicatos em sede de Concertação Social. As experiências deverão arrancar em junho de 2023.
Segundo o documento a que o Dinheiro Vivo teve acesso, “a experiência-piloto de seis meses é voluntária e reversível e não tem contrapartida financeira”. O Estado apenas providenciará suporte técnico e administrativo.
As experiências deverão arrancar em junho de 2023. O cronograma do projeto-piloto prevê que nos próximos meses, até janeiro de 2023, decorram os períodos de manifestação de interesse por parte das empresas e sessões de esclarecimento para lhes “explicar como vai decorrer o estudo”, estando a seleção dos participantes prevista para fevereiro do próximo ano. Entre março e maio será feita a preparação da experiência-piloto, que arrancará em junho e se prolongará até novembro de 2023.
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