A decisão de construir um novo aeroporto internacional no Montijo não deve levar o Governo a desistir da adaptação para voos comerciais da Base Aérea de Monte Real, defendeu esta terça-feira, 15 de janeiro, o presidente da Turismo Centro.
“Abrir a base aérea de Monte Real a voos comerciais, possibilidade há muito defendida pelo Turismo Centro de Portugal e por destacados dirigentes políticos e empresariais do país, tem vantagens óbvias para a economia regional e é importante para a coesão territorial”, disse à agência Lusa Pedro Machado, lembrando que o Centro do país apresenta níveis de crescimento turístico superiores à média nacional.
A adaptação de Monte Real a voos comerciais “será rápida e relativamente barata”, garante Pedro Machado, que cita um estudo da firma alemã de consultoria estratégica Roland Berger, que aponta para um investimento de 25 milhões de euros em seis meses.
O presidente da Entidade Regional Turismo Centro, que agrupa cem municípios, garante que Monte Real reúne uma série de características que a tornam “a escolha óbvia” para receber voos comerciais, a começar pela proximidade do Santuário de Fátima, que só em 2017 atraiu sete milhões de visitantes, bem mais do que o número mínimo de 1,2 milhões de passageiros que tornam sustentável uma operação aeroportuária, segundo o Instituto Nacional de Aviação Civil.
“Monte Real não é alternativa ao Montijo, mas sim uma solução economicamente importante para o país e para uma região que não é servida até aqui por nenhuma estrutura aeroportuária”, defende Machado, adiantando que “é uma aposta que tem em conta a coesão nacional”.
O líder da Entidade Regional diz ainda que a adaptação de Monte Real seria uma maneira de valorizar uma região que tem respondido com coragem a um conjunto de catástrofes naturais que deixaram marcas na paisagem.
Pedro Machado pede ao Governo que tenha coragem política para apostar em novos pontos de desenvolvimento do país, em nome da coesão territorial.
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