
O mais prudente é esperar para ver. O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) diz ainda não sentir os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos, mas confessa-se preocupado com os efeitos “a médio prazo” de uma crise que se pode tornar “global e que está a alastrar e a escalar”.
À saída do encontro com o ministro da Economia – o último com as associações de empresários para avaliar os impactos das taxas de Donald Trump –, Francisco Calheiros disse ainda não haver “qualquer nota de abaixamento do mercado americano, que é muito importante”. Mas, numa altura em que a hotelaria e restauração ainda não entraram na época alta, o presidente da CTP prefere ficar alerta para possíveis consequências negativas para o mercado.
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“Falta de poder de compra é diminuir o consumo [para as famílias norte-americanas], e também para empresas europeias, muitas exportadoras para o mercado americano. Muitos são alemães e são nossos clientes e, portanto, a situação de médio prazo também nos preocupa um bocadinho”, assinalou.
Numa altura em que a União Europeia já anunciou as primeiras respostas aos Estados Unidos, Francisco Calheiros elogiou a postura da UE por não estar a retaliar “olho por olho, dente por dente”. “Não está numa base de retaliação, que ia escalar ainda mais esta questão. É tentar ser uma alternativa, para que haja mais negociação”, aplaudiu.
Sobre o pacote preparado pelo governo, o presidente da CCT diz desconhecer ainda a “quantificação” dos instrumentos de apoio, mas adiantou que estão em cima da mesa medidas para facilitar a “internacionalização das empresas, a desburocratização para aumentar a produtividade” e ainda um reforço de linhas de crédito do Banco de Fomento.
Depois de se revelar preocupado com o cenário internacional, Luís Montenegro prometeu anunciar esta quinta-feira um pacote de ajuda aos empresários, após o conselho de ministros.
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