A UGT e o grupo parlamentar do PSD consideraram hoje que o Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) mantém uma carga fiscal muito elevada, o que justifica a apresentação de propostas de alterações durante a sua discussão na especialidade.
“Apresentámos ao PSD as nossas propostas relativamente ao Orçamento do Estado para este ano, nomeadamente nas áreas sociais, e ficámos satisfeitos por ver que existiam posições coincidentes sobre vários aspetos, como a fiscalidade”, disse à agência Lusa o secretário-geral adjunto da UGT, Sérgio Monte, no final de uma reunião com o grupo parlamentar do PSD.
Segundo Sérgio Monte, a delegação da UGT reafirmou a necessidade de serem revistos os escalões e taxas de IRS, de serem melhorados os salários dos portugueses e os seus rendimentos em geral.
“O PSD assumiu que vai votar contra a proposta de OE2020 na generalidade, mas também disse que iria propor alterações em várias matérias das áreas sociais, como a fiscalidade, por considerar que continuamos a ter uma carga fiscal muito elevada”, afirmou o sindicalista.
Segundo Sérgio Monte, a UGT e o PSD convergiram ainda na preocupação relativa “à secundarização da concertação social”, pois consideraram que atualmente “parece que é o ministro da Economia que conduz os trabalhos e não a ministra do Trabalho”.
O dirigente da UGT referiu os aumentos salariais da função pública, como exemplo de uma matéria que é preciso alterar na proposta do Governo.
Ao longo da semana, a UGT tem vindo a reunir-se com os vários grupos parlamentares para lhes manifestar as suas preocupações relativamente ao OE2020, estando marcada para sexta-feira uma reunião idêntica com o deputado do Chega, André Ventura.
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