//UGT expressa preocupação com pressão dos EUA às empresas portuguesas para abandonarem políticas de diversidade

UGT expressa preocupação com pressão dos EUA às empresas portuguesas para abandonarem políticas de diversidade

A União Geral de Trabalhadores (UGT) escreveu à Embaixada dos Estados Unidos da América expressando preocupação, face às diligências iniciadas pelo Presidente dos EUA de contactar empresas que operam em Portugal para efetuarem alterações ou retirarem programas de promoção da diversidade, equidade e inclusão.

A UGT não pode deixar de manifestar a sua preocupação com a possibilidade de uma tal prática, atentos os princípios de acolhimento e de respeito mútuo pelos valores e princípios que regem os nossos dois países, os quais sempre se traduziram no integral cumprimento – e na promoção desse cumprimento – da legislação em vigor em cada um deles”, lê-se na missiva.

A estrutura sindical afirma que “Portugal é um Estado de Direito, inserido na União Europeia” e recorda que os Tratados da União Europeia e Constituição portuguesa “garantem a igualdade e o direito à não discriminação com base no sexo, raça, religião, deficiência, idade ou orientação sexual”.

“Em Portugal, as empresas trabalham regularmente com os sindicatos para desenvolver programas que estimulem a igualdade e a diversidade, no pressuposto que, desta forma, se podem construir locais de trabalho livres de discriminação e de assédio”, lê-se na carta, assinada por Mário Mourão, secretário-geral da UGT.

“Os acordos coletivos de trabalho asseguram que as empresas têm práticas compatíveis com a legislação europeia e nacional e promovem a igualdade, a diversidade e a inclusão no dia a dia”, diz a UGT, defendendo que “esse é um trabalho que deve ser respeitado, preservado, incentivado por todos, empregadores, trabalhadores, cidadãos e Estados”.

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Para a UGT, “estes são princípios basilares para que o trabalho digno seja uma realidade e para construirmos uma sociedade que queremos mais equitativa, que exigem não o seu afastamento, mas a sua promoção, algo a que, aliás, os empregadores portugueses estão obrigados”.

Por fim, a estrutura sindical diz esperar que “os Estados Unidos deem continuidade à política que, ao longo de décadas, desenvolveram nos vários países com os quais mantêm relações e nas instituições internacionais a que pertencem, nas quais sempre tiveram um papel pivotal para a concretização de um mundo mais democrático, mais justo e mais solidário”.

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