//Um em cada quatro portugueses fecha 2021 com mais dívidas que nunca

Um em cada quatro portugueses fecha 2021 com mais dívidas que nunca

Um em cada quatro portugueses espera terminar o ano de 2021 mais endividados do que alguma vez estiveram. Os dados são do mais recente estudo da Intrum, o European Consumer Payment Report 2021, e mostram que Portugal, com 21%, está substancialmente acima da média europeia, que se situa nos 17%.

Para este trabalho foram inquiridos consumidores em 24 países da Europa, incluindo o Reino Unido. E Portugal é o oitavo dos mais endividados, só ultrapassado pela França (22%), Espanha (23%), Grécia (24%), Noruega (25%), Reino Unido (26%), Irlanda (27%) e Roménia (29%). A culpa é da pandemia e da perda de rendimentos que gerou. No caso nacional, são 62% os inquiridos que assumem estar financeiramente pior do que o que estavam antes da covid-19, 10 pontos percentuais acima da média da europeia.

E são as faixas etárias mais avançadas as que mais estão a sofrer. Dos 38 aos 44 anos, 58% dos inquiridos considera que as suas finanças pioraram em comparação com o período pré-pandemia. Também 56% dos inquiridos nas faixas etárias de 55-64 e acima dos 65 anos concordam com esta afirmação, um valor que é substancialmente superior à média europeia que é de 38% e 37%, respetivamente.

E a duas semanas do Natal, a Intrum quis perceber como é que esta realidade afeta as famílias e a celebração desta quadra. O estudo indica que 50% dos portugueses acredita que a forma como celebramos o Natal não vai voltar a ser como era antes da pandemia, um número que compara com os 37% da média europeia. A maioria são as famílias de rendimento médio ou baixo, com 50% e 55%, respetivamente, a admitirem que o Natal não voltará a ser como era, números que comparam com os 38% e 41%, respetivamente, da média europeia.

No estudo, Portugal está no Top 3 dos mais descrentes quanto ao regresso da normalidade na forma como celebramos o Natal, só sendo ultrapassado pelo pessimismo dos italianos e espanhóis, com 51 e 52%, respetivamente, de consumidores a acreditar que o Natal não voltará a ser como antes da pandemia. Do lado oposto da tabela estão os Países Baixos (26%), a Áustria (26%) e a Dinamarca (22%).

Portugal está na média europeia no que ao endividamento específico para a época natalícia diz respeito, com um em cada seis europeus a admitirem que assumem muitas dívidas no Natal para pagar presentes e comida. Sendo que esta realidade acontece mais (20%) em agregados familiares com filhos do que sem filhos (13%).