//Um terço das grandes empresas pretende despedir

Um terço das grandes empresas pretende despedir

Um terço das grandes empresas antecipa despedir durante o primeiro trimestre, aponta um inquérito da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) divulgado nesta segunda-feira.

O estudo resulta de respostas em dezembro e não reflete ainda as restrições do estado de emergência em vigor desde a última sexta-feira, mas aponta já para o agravamento de uma série de indicadores face aos dados recolhido no mês anterior pela CIP.

Há mais empresas a antecipar menos vendas e encomendas, redução do investimento, e também a diminuição do quadro de colaboradores no futuro próximo. Há também um maior número de negócios a derrapar nos prazos de pagamento, segundo os dados obtido a partir da resposta de 735 empresas.

No que diz respeito à gestão do pessoal durante o primeiro-trimestre, as grandes empresas são aquelas que maiores cortes antecipam. Há 32% que pretendem reduzir o número de postos de trabalho, comparando com 20% nas microempresas, 15% nas pequenas empresas e 12% nas médias empresas.

Globalmente, resulta que 18% dos negócios inquiridos pretendem reduzir quadros, numa percentagem agravada em quatro pontos percentuais face ao inquérito anterior. Ainda assim, trata-se de uma percentagem mais baixa do que a verificada em dados conhecidos em novembro, quando mais de um quinto, 21%, antecipavam despedir.

Os resultados do inquérito Sinais Vitais, produzido em parceria pelo Marketing Future Cast Lab do ISCTE, reportam-se a um mês durante o qual ainda mais de metade das empresas, 51%, davam conta de quebras na vendas, na comparação com dezembro de 2019. Foram as microempresas as mais penalizadas, com 63% a reportarem ainda perdas, sendo os peso de PME e grandes empresas com perdas de faturação então de 51% na amostra do estudo da CIP.