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Fazer uma simples transação de bitcoin representa um consumo energético de 100kWh, o equivalente a ter um aquecedor elétrico ligado durante quatro dias seguidos, ou uma lâmpada clássica de 50W acesa durante três messes, conclui um estudo da Selectra, empresa especializada na comparação de tarifas de energia.
Os autores do estudo justificam aquele gasto com as exigências relacionadas com a segurança das criptomoedas, uma vez que se baseia “em cálculos complexos realizados por potentes computadores”, num processo conhecido por mineração.
Na globalidade das transações, a Selectra estima que a bicoin represente um consumo energético na ordem dos 137 TWh anuais, reportando-se ao Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI), “um índice que proporciona uma estimativa em tempo real acerca do uso de eletricidade da rede de bitcoin e que pertence à Universidade de Cambridge”.
A empresa considera aquele nível de consumo “incompatível com o desenvolvimento” deste tipo de moeda “em larga escala”. Acredita mesmo tratar-se de “uma bomba relógio na luta pela transição energética”.
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Segundo os dados da Universidade de Cambridge reportados pela Selectra, “a bitcoin já representa 0,63% da procura energética mundial, sendo a China o país com maior nível de atividade”. Numa comparação mais simples,” se a bitcoin fosse um país, ocuparia o 27.º lugar entre aqueles que mais energia elétrica consomem”.
De acordo com o índice CBECI, “quanto mais máquinas de mineração operam, maior a probabilidade de encontrar a solução para o puzzle”. No entanto, mais máquinas significam que uma maior quantidade de energia elétrica é necessária para fazer funcionar e arrefecer os equipamentos, o que, por seu turno, resulta num incremento dos custos de mineração em causa. Os softwares de mineração andam assim sempre em busca de abundantes de energia elétrica ao menor preço possível”, explica a Selectra.
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