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A vacina da Johnson & Johnson, que está suspensa nos Estados Unidos e na Europa, deve voltar a ser administrada nos próximos dias, possivelmente “com restrições”, afirmou este domingo o consultor da administração norte-americana para a pandemia.
Em declarações ao canal ABC, o médico Anthony Fauci adiantou que a decisão dos especialistas sobre a retoma da utilização desta vacina contra a covid-19 de toma única, suspensa desde a última semana, deverá ser conhecida até sexta-feira.
“Não acho que a pausa continuará depois de sexta-feira. Provavelmente teremos uma decisão até lá”, disse Anthony Fauci, referindo-se ao painel de especialistas que está a avaliar as possíveis ligações entre esta vacina e a formação de coágulos sanguíneos graves em pessoas que a receberam.
O especialista que tem aconselhado a Casa Branca durante a pandemia da covid-19 admitiu ainda que a vacinação com este fármaco da farmacêutica Johnson & Johnson deverá ser retomada mas com restrições.
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“Não tenho a certeza quais vão ser, se vão ser relacionadas com a idade ou com sexo, ou se vão ser apenas acompanhadas de um aviso”, acrescentou.
Sem querer “antecipar” as decisões do grupo de especialistas que está a avaliar o medicamento, Anthony Fauci reiterou ainda que os casos graves de coágulos sanguíneos são “extraordinariamente raros” nas pessoas que receberam esta vacina.
Na quarta-feira, Portugal recebeu as primeiras 31.200 doses desta vacina, denominadas na União Europeia como Janssen, do grupo Johnson & Johnson, que ficarão armazenadas até haver uma decisão do regulador europeu sobre a sua utilização, o que vai acontecer na próxima terça-feira.
Antes desta suspensão das entregas, as autoridades portuguesas esperavam receber, até final deste mês, um total de 86.400 doses desta vacina de toma única, de um total de cerca de 1,25 milhões de doses destinadas a Portugal até final do segundo trimestre.
O Centro para Controlo e Prevenção de Doenças e a Food and Drug Administration (entidade reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) avançaram, numa declaração conjunta, estar a investigar coágulos sanguíneos detetados em seis mulheres nos dias a seguir a terem tomado a vacina desta farmacêutica, em combinação com contagens de plaquetas reduzidas.
No total, foram atribuídas 3.011.975 mortes à doença covid-19, a nível mundial, e foram contabilizados mais de 140,6 milhões de casos ‘positivos’ ou diagnosticados, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, foram contabilizadas 16.945 mortes atribuídas à doença e 831.001 casos ‘positivos’ ou diagnosticados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Segundo as diretrizes da Organização Mundial da Saúde, um óbito atribuído a esta doença é definido “como uma morte resultante de uma doença clínica compatível, num caso de covid-19 provável ou confirmado, a menos que haja uma clara causa da morte alternativa que não pode estar relacionada com a doença covid”, como um acidente de viação, por exemplo. Em caso de haver outras doenças preexistentes, como cancro, a causa de morte tem de ser atribuída a covid-19, desde que se confirme ou se suspeite da presença da doença.
A doença covid-19 é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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