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As vendas de smartphones 5G “ultrapassaram as vendas de 4G pela primeira vez” em 2022, revela à Lusa Francisco Jerónimo, vice-presidente da IDC na Europa, ano em que o segmento “valeu 934,30 milhões de euros”.
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Em 2022, “as vendas de smartphones 5G [quinta geração] ultrapassaram as vendas de 4G pela primeira vez”, refere, em entrevista à Lusa, vice-presidente da IDC na Europa para a área de dispositivos móveis.
Aliás, “as vendas de 5G já representam 58% das vendas totais de smartphones”, percentagem que “continuará a aumentar nos próximos anos, com as vendas de dispositivos de quinta geração a “representarem 95% das vendas totais em 2027”, acrescenta.
Por exemplo, o preço médio das vendas de smartphones 5G (535 euros em 2023) “é quatro vezes maior que dos dispositivos (130 euros em 2023, e assim se manterá nos próximos anos”, refere Francisco Jerónimo.
No ano passado, o mercado de telemóveis inteligentes “valeu 934,30 milhões de euros” e “em 2023 estimamos que chegue aos 933,86 milhões de euros”, estima o responsável.
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Apesar de esperar uma queda nas unidades vendidas, “o preço médio continuará a subir” – cerca de 2,3% -, “pelo que o valor total do mercado manter-se-á nos 934 milhões de euros”.
Questionado sobre as perspetivas de vendas para este ano, refere que a IDC estima “uma queda de 2,3% nas unidades vendidas, ou 381 milhões de euros”, devido ao abrandamento da procura por ter terminado o ciclo de substituições e o aumento do custo de vida, embora o preço médio continue a aumentar.
Quanto às marcas que lideram este segmento, o vice-presidente da IDC na Europa diz não estimar uma alteração no ‘top 3’ do ‘ranking’.
“A Samsung continuará a liderar o mercado, a Xiaomi consolidará a sua posição com uma aproximação maior à Samsung e a Apple continuará numa confortável terceira posição e a liderar o segmento de alta gama”, afirma o responsável.
Instado sobre se prevê que o smartphone seja substituído por outro tipo de dispositivo no futuro, Francisco Jerónimo diz que “nos próximos cinco anos” tal “não se perspetiva”.
“Continuaremos a verificar uma contínua evolução destes dispositivos em termos de software – continuarão a tornar-se mais inteligentes e a ser o ‘comando central’ para muitos outros dispositivos nas nossas vidas (smart home devices, carro, entre outros)”, prossegue o responsável.
No que respeita ao hardware, “iremos assistir a uma adoção crescente dos smartphones desdobráveis à medida que a oferta aumenta, os preços diminuem e os utilizadores reconhecem o benefício de ter num só dispositivo um telefone e um tablet”, antecipa.
Em termos gerais, “estamos a muitos anos de verificarmos que o smartphone é um dispositivo do passado”, remata.
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