//Verba que não foi usada no apoio ao setor dos transportes vai ser canalizada para outros projetos

Verba que não foi usada no apoio ao setor dos transportes vai ser canalizada para outros projetos

O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, garante que os dois milhões e meio de euros que não vão ser usados nos apoios a autocarros e táxis, por causa do aumento do preço dos combustíveis, vai ser usado noutros projetos, até ao final do ano.

“Este foi o valor que o setor dos transportes sentiu ser necessário. Sobram aqui dois milhões e meio de euros, sensivelmente, com a certeza que não se vão perder”, afirma Matos Fernandes em reação à notícia da Renascença, acrescentando que no seu ministério e no fundo ambiental “cumpre-se mesmo o principio de ‘Lavoisier’, nada se perde e, portanto, tudo se vai transformar”.

“Este apoio, se não for dado aqui, vai ser certamente ainda poder ser dado a outros projetos que temos em carteira, até final do ano”, adianta o governante, realçando que o que importa é que “cumprir o nosso papel”.

O ministro do Ambiente considera que até “houve uma adesão muito significativo dos táxis e dos autocarros, reconhecendo que esta era uma forma de compensar, pelo menos, uma parte daquilo que é o aumento dos combustíveis e, sobretudo, a maneira como estamos a fazer, porque o apoio vale até ao final de março, mas será ainda este ano que ele será pago integralmente”.

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Em declarações à Renascença, em Cascais, Matos Fernandes diz ainda não ter ficado surpreendido com esta adesão e diz que a medida foi amplamente divulgada. O ministro do Ambiente indica que o prazo está fechado, mas deixa em aberto a possibilidade de ser repensado no futuro.

“O prazo foi este, está fechado, não tenho ninguém a solicitá-lo. Se, por qualquer razão, tiver havido aqui uma má compreensão, podemos pensar isso mais à frente, mas, para já, temos que pagar tudo até ao final deste ano. Esta verba está fechada e assim será”, declara.

Questionado se não estava à espera de uma maior adesão ao programa, Matos Fernandes referiu que havia um valor em excesso.

“O número que nós temos, não só o valor que estava, era o valor em excesso, ainda que o excesso era na casa dos 300/400 mil euros, é feito com base naquilo que são as matrículas que estão licenciadas, seja para o transporte regular de passageiros seja para o serviço de táxi; era esse valor que tínhamos e, por isso, dimensionámo-lo dessa forma”, explica o ministro, acrescentando que “normalmente nunca há apoios a 100%, por razões que são várias; há sempre alguém que não comparece à chamada”.

“Nós fizemos na mesma o nosso papel e apoiamos todos os táxis e todos os autocarros que sentiram essa necessidade”, conclui Matos Fernandes, reagindo, assim, à notícia da Renascença, dando conta que apenas 75% dos veículos elegíveis se candidataram ao apoio do Governo, para minimizar o aumento do preço dos combustíveis.

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