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Para assinalar as comemorações dos 480 anos do primeiro encontro entre Portugal e o Japão, a Embaixada de Portugal em Tóquio, a Cunha Vaz & Associados e o artista Alexandre Farto, mais conhecido por Vhils, estabeleceram um protocolo para a criação de uma obra inédita, que celebra a longa amizade luso-nipónica.
Segundo o embaixador Vítor Sereno, “esta é uma iniciativa que demonstra o potencial da colaboração entre o setor privado e os melhores artistas nacionais na afirmação de um Portugal moderno e competitivo. Neste contexto, cumpre assinalar o génio criativo de Vhils e o contributo meritório da Cunha Vaz & Associados por acederem ao desafio de criar uma obra que marcará, de forma única e indelével, este novo capítulo no relacionamento luso-nipónico. Com a inauguração do do novo edifício da Embaixada de Portugal no Japão capaz de representar condignamente o país, a obra será o símbolo do nosso empenho na valorização de todas as dimensões da ação diplomática ao serviço de Portugal, quer no apoio aos portugueses, quer na cooperação com parceiros japoneses que pretendam desenvolver connosco as suas atividades empresariais e culturais. Em meu nome e da Embaixada de Portugal em Tóquio, quero expressar um sentido agradecimento aos dois intervenientes no projeto por partilharem esta visão”.
Num recente artigo de opinião para o DN, Vítor Sereno referiu sobre estas celebrações da chegada ao Japão, ser “esta é uma oportunidade única para afirmarmos o Portugal moderno e competitivo que rege todo o nosso trabalho no Japão. Quatrocentos e oitenta anos depois, estamos bem lançados para consolidar a parceria estratégica em setores-chave das nossas economias e sociedades.”
Vhils, o artista responsável pela concretização do projeto, é reconhecido pela sua contemporaneidade cultural portuguesa. Através das técnicas inovadoras que o caracterizam, criou uma obra única – inspirada na ligação histórica entre os dois países – que ficará exposta na Embaixada de Portugal no Japão.
Para o artista, “Esta intervenção no novo edifício da Embaixada de Portugal no Japão é, na sua essência, uma celebração da união entre dois povos que se encontram separados por uma enorme distância geográfica, mas unidos por uma longa relação de amizade, respeito e admiração mútua. É uma homenagem à história partilhada entre duas nações com legados culturais vincados, e que hoje beneficiam de uma relação enriquecedora, fruto da criação de pontes que perduram há vários séculos. Foi com entusiasmo e um profundo sentimento de agradecimento que abracei este convite, efetuado no espírito do potencial agregador e transformador da cultura, sendo esta uma premissa em que acredito com a maior veemência”, refere o comunicado.
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Por sua vez, António Cunha Vaz, comenta que “é com muito orgulho que a Cunha Vaz & Associados se associa, enquanto patrocinador, à iniciativa de instalar uma obra de Vhils nas novas instalações da Embaixada, neste momento de comemoração dos 480 anos de relação entre os dois povos”.
Em 1543, três navegadores portugueses desembarcaram na ilha de Tanegashima, tornando-se os primeiros europeus no Japão. Durante cerca de um século, os portugueses levaram a cultura europeia à civilização japonesa.
Em entrevista este mês ao DN, Makoto Ota, embaixador do Japão em Lisboa, mencionou que, no seu quotidiano, os japoneses continuam a utilizar palavras de origem portuguesa, como copo, pão, botão, tabaco ou carta, mantendo vestígios da presença portuguesa no país.
A inauguração das novas instalações da Embaixada de Portugal no Japão terá lugar no dia 2 de março.
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