O grupo Vila Galé deixou cair o projeto de construção de um resort na Costa do Cacau, na Bahia. O anúncio foi feito esta terça-feira depois de aquele local ter sido apontado como reserva indígena e o grupo ter sido alvo de uma forte crítica.
“Com efeito, não é de nosso interesse que um Hotel Resort Vila Galé nasça com a iminência de um clima de “guerra”, ainda que injusta e sem fundamento, como são exemplo as ameaças proferidas na Embaixada de Portugal em Brasília e algumas declarações falsas, dramáticas e catastróficas que deveriam envergonhar quem as profere”, diz o Grupo hoteleiro em comunicado.
Nesta nota, em que dá consta da desistência de avançar com o projeto, o grupo liderado por Jorge Rebelo de Almeida lamenta ter #vindo a ser alvo de “ataques” por alguns que abraçam causas mediáticas, só aparentemente justas, e usam de falsidades, sem sequer procurarem minimamente obter a verdade dos factos” e explica que a análise do projeto, afinal, surgiu por convite governamental.
“A Vila Galé foi convidada pelo Governo da Bahia e Prefeitura de Una para realizar um investimento num mega Resort para ajudar ao desenvolvimento da região de Una, tendo sido estabelecida uma parceria com a empresa proprietária dos terrenos”, logo em abril de 2017, revela esta nota.
“Após avaliação”, o grupo recorda que, em julho de 2018, fez o anúncio de que iria avançar com o investimento, tendo sido elaborados os estudos e projetos “os quais vieram a ser aprovados pelas entidades.
“Ao longo de todo esse tempo não surgiu qualquer reclamação ou reivindicação, apesar de ser pública e notória em toda a região a notícia do projeto”, sublinham, destacando que “no local e num raio de muitos quilómetros, não havia nem há qualquer tipo de ocupação/utilização, nem sinais de qualquer atividade extrativista por parte de quem quer que seja” e que “não existe qualquer reserva indígena decretada para esta área, nem previsão de a vir a ser”.
O Vila Galé é o segundo maior grupo hoteleiro nacional e conta com 34 hotéis em Portugal e no Brasil, onde conta com cerca de 20 mil camas. Tem ainda quatro projetos em construção e uma dúzia em pipeline.
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